Noite de natal

Grupo Mães da Diversidade organiza uma ceia solidária

Pessoas LGBTQIA+ que não têm acolhimento familiar poderão confraternizar

Organizadores estão com dificuldades de conseguir doações de alimentos e brindes. Saiba como ajudar pelo número (47) 99652-9608 
(foto: ilustrativa)
Organizadores estão com dificuldades de conseguir doações de alimentos e brindes. Saiba como ajudar pelo número (47) 99652-9608 (foto: ilustrativa)
miniatura galeria
miniatura galeria

O Coletivo Mães pela Diversidade, em parceria com o Rotaract Club de Balneário Camboriú e Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), realiza na véspera de Natal uma ceia para pessoas da comunidade LGBTQIA+ que não têm com quem passar essa data. A iniciativa dos voluntários busca promover  uma confraternização às pessoas que sofreram abandono afetivo familiar ou que têm familiares morando longe. “Mais do que uma boa refeição ou um presente de Natal, vamos oferecer afeto e acolhimento. Vamos fazer com que essas pessoas [muitas vivendo à margem da sociedade] sejam tratadas com respeito, carinho”, explica o biólogo Gustavo Ribeiro, diretor de projetos do Rotaract em BC e do Coletivo no estado.

A ceia solidária está programada pras 20h de 24 de dezembro, no campus da Unisul, em Balneário. Os organizadores esperam reunir em torno de 60 pessoas que geralmente passam a véspera de Natal totalmente sozinhas. “Temos pleno conhecimento que esse número representa um universo muito pequeno em relação a comunidade LGBTQIA+ na cidade. No entanto, muitas destas pessoas têm vergonha ou medo de se expor”, acrescenta Gustavo.

Continua depois da publicidade

Os organizadores também disponibilizam um formulário para ser preenchido pelos convidados [principalmente por quem tem alguma restrição alimentar e também para o controle das quantidades de comida e bebida que serão servidos].“Mas caso não possa, ou não consiga preencher este formulário, sinta-se convidado para estar participando da mesma forma” , adianta Gustavo.

Ele conta que essa ceia é a realização de um antigo sonho da primeira suplente na coordenação do movimento Mães da Diversidade, Telma de Freitas, que está na coordenação do evento. Ainda estão envolvidos na organização outras mães do Coletivo, voluntários do Rotaract e Rotary Club, além de membros da comunidade LGBTQIA+. “São pessoas que durante o ano são acolhidos pelo movimento e agora querem retribuir de alguma forma”, acrescenta.

Ceia sem solidão

O gaúcho Lucas tem 27 anos e reside há cinco anos em Balneário, em uma pequena quitinete no bairro dos Estados. Ele tomou conhecimento do evento por uma postagem no Instagram na última sexta-feira. “Desde que vivo aqui é a primeira vez que vou passar a noite de Natal em companhia de alguém e isso é muito bom. Independentemente do que somos ou fazemos, precisamos de afeto e acolhimento”, diz Lucas.

Telma diz que Natal é uma data de confraternização familiar e que é muito comum pessoas da comunidade LGBTQIA+ serem excluídas do convívio social nesta época. Inclusive, segundo a ativista, é muito comum se ver nas redes sociais os depoimentos de meninos e meninas falando da tristeza que é passar o Natal longe das famílias e de amigos. Há casos de pais fazerem pessoas transexuais negarem suas orientações sexuais para não constranger a família.

“É por esses motivos que vamos reunir nossas famílias com esses meninos e meninas que precisam de carinho, de amparo. Vamos fazê-los sentirem-se amados e acolhidos”, diz Telma.

Dificuldades com doações

Os alimentos que serão servidos na ceia estão sendo doados pelos voluntários e também por pessoas da comunidade. Gustavo conta que os organizadores tentam parcerias com supermercados, distribuidores de alimentos e comércio para doação de alimentos e brindes. “Até agora não obtivemos sucesso. O comércio local não quer se expor contribuindo com a causa LGBTQIA+. Muitos comerciantes e autoridades locais têm ligação com igrejas e é explícito opreconceito com a nossa causa”, lamenta.

Continua depois da publicidade

A organização continua aceitando qualquer tipo de doação. Pode ser em alimentos, bebidas, dinheiro ou presentes para serem distribuídos. “Podem ser roupas, bijuterias, produtos de maquiagem. Inclusive, se os comerciantes que fizerem as doações preferirem, manteremos sigilo total. Temos pessoas para recolherem os donativos na região”, diz.

Os contatos podem ser feitos pelo Instagram @rotaractbc ou pelo número (47) 99652-9608, com Gustavo.



WhatsAPP DIARINHO


Conteúdo Patrocinado



Comentários:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Clique aqui para fazer o seu cadastro.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.


Envie seu recado

Através deste formuário, você pode entrar em contato com a redação do DIARINHO.

×






216.73.216.154


TV DIARINHO


🏖️ OBRA MILIONÁRIA NO GRAVATÁ! A praia do Gravatá, em Navegantes, vai passar por uma transformação completa ...



Especiais

Entre a polícia e o tráfico, moradoras do Complexo da Penha ficam com os escombros

RIO DE JANEIRO

Entre a polícia e o tráfico, moradoras do Complexo da Penha ficam com os escombros

Inteligência, participação social e coordenação: como combater o crime sem chacinas

CHEGA DE CHACINAS!

Inteligência, participação social e coordenação: como combater o crime sem chacinas

Nascidos no caos climático

NOVA GERAÇÃO

Nascidos no caos climático

Afinal, quanto dinheiro o Brasil recebeu de financiamento climático?

CLIMA

Afinal, quanto dinheiro o Brasil recebeu de financiamento climático?

Boulos substitui Macêdo com desafio de levar temas sociais para Secretaria da Presidência

ESCALA 6X1

Boulos substitui Macêdo com desafio de levar temas sociais para Secretaria da Presidência



Blogs

O grande inimigo da direita é a própria direita

Blog do Magru

O grande inimigo da direita é a própria direita

Admitiu

Blog do JC

Admitiu



Diz aí

"O Metropol era o melhor time do estado. O Marcílio era o segundo"

Diz aí, Anacleto!

"O Metropol era o melhor time do estado. O Marcílio era o segundo"

"Tem que entregar. Ninguém está garantido nesse governo. Nem nós."

Diz aí, Rubens!

"Tem que entregar. Ninguém está garantido nesse governo. Nem nós."

“Acho que a atividade-fim tem que se manter 100% pública, que é a educação”

Diz aí, Níkolas!

“Acho que a atividade-fim tem que se manter 100% pública, que é a educação”

"Nosso projeto é de clube formador, de dar oportunidades aos jovens talentos"

Diz aí, Bene!

"Nosso projeto é de clube formador, de dar oportunidades aos jovens talentos"

“O gargalo que a gente enfrenta é a mão de obra e a qualificação da mão de obra”

Diz aí, Thaisa!

“O gargalo que a gente enfrenta é a mão de obra e a qualificação da mão de obra”



Hoje nas bancas

Capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.