Caso de polícia
Menor é flagrado com materiais nazistas
MP investiga grupo extremista de apologia ao nazismo e disseminação de ódio em sete estados
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

A cidade catarinense de Porto União, no planalto norte de Santa Catarina, foi um dos alvos do grupo de Atuação Especializado no Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), dentro da Operação Bergon, deflagrada, na manhã de quinta-feira, para combater associações extremistas que divulgam preconceito e discursos de ódio.
Em SC, foram apreendidos um computador, bandeira nazista, simulacro de arma de fogo, facas, livros, ilustrações, pen drives, aparelho celular, vestimentas e ilustrações alusivas às milícias de Adolf Hitler ou mesmo à figura do “führer”.
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O material criminoso estava na casa de um adolescente de Porto União. Além do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, a operação também cumpriu diligências no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio Grande do Norte, em São Paulo e no Paraná. A polícia não informou qual será o destino do rapaz envolvido no caso.
O MPRJ informou, em nota, que há um perfil dos envolvidos: em grande parte são jovens, que compartilham, nas redes sociais, “diversas fotografias, imagens e textos de cunho racista, homofóbico, antissemita ou nazista, e falam, abertamente, sobre a prática de violência contra essas populações”. O MP apontou que quebrou sigilo de dados e telefônicos, com autorização da Justiça, pra identificar esses grupos, que se autodeclaram nazistas e ultranacionalistas.
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Pelo menos, quatro mandados de prisão e outros 30 de busca e apreensão estão sendo cumpridos nesses estados. As investigações iniciaram há sete meses, após um alerta do Cyber Lab e da Homeland Security Investigations (HSI), órgãos do governo dos Estados Unidos.
A Operação Bergon teve a participação da coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), da polícia Civil.