Estelionato
Casal de Itajaí cai no golpe do “falso Mercado Livre”
Golpista usa e-mails, se passando pela plataforma, pra confirmar o pagamento
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]



Uma moradora de Itajaí foi vítima de um novo golpe na internet, chamado “golpe do Mercado Livre”, onde os golpistas usam a plataforma de compra e venda para enganar as vítimas e desviar o produto vendido. Kamila S. J., moradora do bairro Canhanduba, foi lesada no último domingo e registrou o caso na delegacia do bairro Santa Regina, em Camboriú.
Segundo a vítima relatou ao DIARINHO, ela colocou um videogame à venda na internet e um interessado apareceu para a compra. O suposto comprador alegou que seria mais seguro fazer a transação por meio do site Mercado Livre, onde teria cadastro. “Ele chegou a dizer que pagaria um valor maior, desde que fosse pelo site, devido à segurança”, pontuou a vítima.
Kamila revelou ao DIARINHO que o golpista usava e-mails formatados como se, realmente, fossem mensagens originais do Mercado Livre. “Nós recebemos um e-mail da plataforma, dizendo que estava tudo certo, um e-mail de confirmação, isso no domingo. Mas já era segunda e o dinheiro não apareceu”, detalhou.
O falso comprador deu o nome de Luiz Fernando de Pontes Domingues, e “comprou” o game enviando até mesmo um Uber para buscá-lo. Ele não pagou pelo produto, bloqueou todos os contatos da vítima no celular e desapareceu. O Uber que foi buscar o videogame era um Hyundai i30 preto, mas Kamila não sabe se o motorista teria participação no golpe ou não.
O falso site ainda pediu uma série de dados e o companheiro dela, Rafael T., repassou foto e número do próprio CPF ao falso comprador. Agora, ela teme novos golpes a partir do uso desses dados.
Na segunda, o casal entrou em contato com o site real do Mercado Livre, que confirmou se tratar de golpe e não havia transação oficial em nome de Kamila e Rafael.
Durante a negociação, eles chegaram a receber um print (foto da internet) com uma falsa avaliação do suposto vendedor, muito parecida com avaliações originais de vendedores reais da plataforma. O print informava que o tal Luiz Domingues teria efetuado 183 vendas em quatro anos, e teria uma avaliação positiva.
O site Mercado Livre real confirmou a Kamila que era golpe. Segundo a plataforma, eles não usam e-mails com domínios do Gmail, Yahoo, Bol, Outlook, Hotmail, como o casal recebeu, e possuem um aplicativo próprio para as transações. Outro fato é que o Mercado Livre recebe primeiro o dinheiro da compra, e só libera o valor ao vendedor quando quem compra, efetivamente, recebe o produto.
A vítima agora tem esperança a partir da investigação do caso. Ela repassou os falsos prints, dados do falso vendedor e também detalhes do Uber, que buscou o produto em sua casa – placas, características e o roteiro seguido pelo motorista – e era de Balneário Camboriú – e eles servirão como base para as investigações.