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Uma ordem judicial foi cumprida em Itapema, onde um Porsche azul foi apreendido. O carrão de luxo foi encontrado na rua 248, no edifício Saint Pietro, na Meia Praia.

Uma ordem judicial foi cumprida em Itapema, onde um Porsche azul foi apreendido. O carrão de luxo foi encontrado na rua 248, no edifício Saint Pietro, na Meia Praia.

O Porsche pertencia ao investigado A.R.S., que não estava em casa no momento da chegada dos policiais. O carrão está avaliado em R$ 600 mil. O cara estava sendo procurado pela justiça e foi preso em Chapecó.

Além de Itapema, mais 35 ordens de busca e apreensão, seis ordens de prisão preventiva, quatro temporárias e sete mandados de interdição de atividade econômica foram cumpridas em São Paulo, Bahia, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. Os mandados foram expedidos pela 6ª Vara Federal de São Paulo.

Bloqueio judicial

A justiça autorizou ainda o sequestro de 28 bens imóveis, diversos veículos de luxo e valores de 53 contas bancárias físicas e jurídicas, incluindo contas abertas em Portugal e na Bélgica.

As autoridades também determinaram a quebra dos sigilos bancário e fiscal de 66 pessoas, incluindo 39 pessoas jurídicas suspeitas de serem usadas para lavagem de dinheiro.

Também foi determinado o sequestro de um navio que pertence ao grupo e era usado no transporte de cocaína entre os continentes.

Uma rede de postos de combustível da Bahia teve a atividade suspensa por ligação com a lavagem de dinheiro.  Estima-se que os bens apreendidos e sequestrados durante a operação superem os R$ 50 milhões.

Cocaína camuflada em navios

As investigações iniciaram em janeiro de 2021 e mostraram que a quadrilha mandava cocaína para Europa escondida em navios. Segundo a PF, ficou comprovado que o grupo articulou a exportação de 2,7 mil quilos de cocaína em outubro de 2020, a partir do Porto de São Sebastião, no interior paulista, usando o navio Unispirit, que tinha como destino final a cidade de Cadiz, na Espanha. No entanto, uma tonelada da droga acabou apreendida no Brasil e a outra tonelada na Espanha.

A operação foi batizada de Calvary em alusão ao cemitério no qual Don Corleone, do filme O Poderoso Chefão I, foi sepultado. O líder do bando que atua no Brasil é curiosamente chamado de Don, em referência ao personagem da máfia italiana.