O andamento das atividades administrativas e pedagógicas da Apae de Penha estaria ameaçado por um calote de pelo menos R$ 150 mil por parte da prefeitura, correspondente aos nove primeiros meses do ano. A prefeitura teria passado a cota da escola especial Henny Coelho relativa apenas a janeiro, agosto e setembro. O repasse mensal da prefeitura é da ordem de R$ 25 mil, e a acusação gerou chiadeira entre a diretoria e a comunidade, chegando à câmara de Vereadores, onde o impasse estourou. A prefeitura admite que está devendo, mas que teria acordado a situação com a direção da escola.
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Segundo o vereador Luiz Vailatti, o Ferrão (Pode), a situação ainda seria mais grave, pois até o comecinho de agosto, somente o repasse de janeiro havia sido pago. “Membros da diretoria ...
Segundo o vereador Luiz Vailatti, o Ferrão (Pode), a situação ainda seria mais grave, pois até o comecinho de agosto, somente o repasse de janeiro havia sido pago. “Membros da diretoria nos procuraram; a escola não pode funcionar sem recursos”, considera. “E a partir da nossa pressão na câmara é que liberaram mais duas parcelas”, acusa.
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Ferrão destacou ao DIARINHO que em 14 de setembro, encaminhou um ofício cobrando datas, valores e informações sobre a pendência ainda relativa aos outros seis meses em débito. Nada foi informado ao vereador. Segundo Ferrão, um dos governistas, o vereador Maurício da Costa, o Lito (MDB), apenas informou que a escola receberia R$ 130 mil, mas de emendas de deputados, para construção de uma rampa. E o legislativo seguiu sem respostas.
“A Apae em Penha tem grandes profissionais, presta trabalho de excelência, porém já foi muito usada para política. Mas nos últimos anos, veio ajustando contratações, instalando processos seletivos, com menos influência dos políticos e mais transparência”, observa, elogiando o trabalho de Eudes Zanin, a atual presidente. “O problema está no município, que nos nega informações, advogados que não respondem, mas somos cobrados pela comunidade”.
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Através da assessoria de imprensa da prefeitura, o controlador municipal, Duda Bueno, confirmou o débito, mas disse que o valor está empenhado e será pago neste ano. “Nós pactuamos R$ 25 mil por mês, em 12 parcelas, mas elas não precisam ser subsequentes”, destacou o controlador. “Como houve queda de receita e a Apae estava em aulas remotas, ou seja, sem atividades, acordamos para suspender até a receita melhorar, o que já está acontecendo, com previsão positiva para o último quadrimestre do ano”, observou.
Ainda segundo Duda, o vereador é “fanfarrão”, pois em governos anteriores, dos quais Ferrão participava, não havia repasses dessa ordem à escola Henny Coelho. “Além disso, intermediamos o acordo entre Apae e SUS, que viabilizou outros R$ 21 mil por mês à instituição, índice que inclusive vem sendo pago regularmente”, considerou Duda.
Jaqueline Ferreira, diretora da Apae, também procurada pelo DIARINHO, limitou-se a dizer que a questão está sendo analisada, mas que ela não entraria nesse assunto, que diz respeito à diretoria e ao financeiro da prefeitura.
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630182_Apae-Penha-1.Apae Penha 1
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