Pequeno anjo
Pai denuncia negligência em atendimento de hospital
Criança com meningite não estaria tomando os remédios nos horários certos
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O coordenador de logística Ricardo Masson da Rocha, morador do bairro Itaipava, em Itajaí, denunciou negligência no atendimento do hospital Pequeno Anjo para a filha M. E. P. R., de cinco anos. Ela está internada com meningite desde sábado, quando os médicos inicialmente teriam mandado a criança pra casa, supostamente ignorando os sintomas da doença. Desde a internação, os pais dizem que a menina não recebe a medicação nos horários corretos.
O pai levou a queixa à secretaria de Saúde e também registrou um boletim de ocorrência contra o hospital. Ele relata que ainda no sábado os médicos que atenderam a filha, não consideraram os sintomas suspeitos de meningite – febre alta, manchas pelo corpo e rigidez no pescoço – e liberaram a menina pra voltar pra casa pela manhã. À tarde, a situação se agravou, e os pais retornaram com a filha ao Pequeno Anjo.
Os médicos que haviam atendido pela primeira vez teriam insistido que não seria nada grave, mas os pais pediram mais uma avaliação. Uma médica, que seria a coordenadora da UTI, foi chamada e, segundo Ricardo, deu o diagnóstico de meningite. “Se eu tivesse levado [a filha] para casa, provavelmente ela teria ido a óbito”, acredita.
A criança está internada, mas os pais denunciam que a pequena não está recebendo as medicações nos horários certos por falta de organização do hospital. Um medicamento é de 8 em 8 horas e outro de 6 em 6 horas. “A cada troca de plantão, quem chega não sabe o que está acontecendo”, denuncia Ricardo.
Na manhã de quarta-feira, Ricardo disse que chegou a chamar a polícia porque a filha não tinha recebido a medicação no horário correto. Como a criança estava em atendimento no hospital, Ricardo disse que a orientação da polícia foi buscar a secretaria de Saúde. Um servidor da área de saúde infantil teria ido até o hospital verificar a situação.
Em nota sobre o atendimento da criança, a direção do Pequeno Anjo afirmou que “as avaliações médicas registradas em prontuário encontram-se em consonância com os protocolos de atendimento da instituição”. Sobre a disponibilização das medicações, o hospital informou que estão conforme pré-estabelecido. “Não havendo registro em prontuário dos atrasos ora mencionados”, ressalta.
A secretaria de Saúde informou que não teve ninguém da prefeitura vistoriando o hospital, e que a secretaria não recebeu a denúncia. O hospital Pequeno Anjo é privado. Apesar de ter atendimento pelo SUS, a secretaria municipal não tem gestão sobre o hospital.