Novo PLANO DIRETOR
Proposta de prédios de até 20 andares, em Cabeçudas, é vetada
Modelo de ocupação idealizado pela associação de Moradores será enviado à câmara de vereadores
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

Durou quase quatro horas a reunião do colegiado dos delegados do Plano Diretor de Itajaí para definir a revisão do zoneamento em Cabeçudas. A proposta de prédios de até 20 andares, apresentada pela ACII, foi recusada pela maioria. Prevaleceu a proposta elaborada pela associação de Moradores em conjunto com a equipe técnica da prefeitura de Itajaí.
Segundo o arquiteto Dalmo Vieira Filho, coordenador da revisão do Plano Diretor, ficou definido que nas duas primeiras quadras a altura máxima de até três andares está mantida.
Na terceira quadra serão construídos prédios de até quatro pavimentos.
Na quarta quadra, em ruas especiais, que tem mais de 8,5 metros de comprimento, se permitirá a construção de edifícios de até oito andares. "Mais oito andares mesmo, já com cobertura, sem mezanino ou térreo duplo, não chegando a 30 metros a altura máxima do prédio", explicou Dalmo.
Com a aprovação da proposta pelos delegados, agora a equipe irá trabalhar no texto do projeto de lei, o que deve levar de três a quatro semanas. O projeto precisa ser votado no plenário da câmara e depois sancionado pelo prefeito Volnei Morastoni.
A revisão do Plano Diretor da Praia Brava não foi votada nesta noite de quinta-feira, porque extrapolou o tempo da reunião. "Vamos analisar e votar a revisão da Praia Brava, quando terminarmos o texto de Cabeçudas, daqui a quatro semanas no máximo", completou Dalmo.
Proposta da ACII foi recusada
A proposta recusada pelos delegados foi a apresentada pelos representantes da associação Empresarial de Itajaí (ACII), que tinha pretensão de aumentar a altura das construções na praia de Cabeçudas. O modelo trazia índices para pequenos lotes, de até mil metros quadrados, e grandes áreas, acima de mil metros quadrados.
No primeiro caso, a construções teriam altura de até 10,7 m (1ª e 2ª quadras), até 17 m (3ª quadra) e até 26,3 m (4ª quadra). Nos terremos maiores, os limites ficariam entre 10,7 m, 26,3 m e 38,9 m. Com o uso de outorga onerosa, os prédios poderiam chegar a 20 andares em lotes acima de mil metros quadrados na quarta quadra da orla. A entidade ainda prévia a construção de 20 novos prédios em lotes acima de mil metros quadrados, o que representaria cerca de 500 novos apartamentos.
Essa proposta foi recusada pela maioria dos delegados presentes na reunião.