Praia de Cabeçudas
Garimpeiro encontra “vômito de baleia”, material que pode valer milhões
Achado, cuja procedência ainda não foi confirmada, é usado por fabricantes de perfumes caros
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]



Um morador de Itajaí teria encontrado uma coisa um pouco nojenta, mas que pode render muita grana: o popular “vômito de baleia”. O negócio, que parece uma pedra, é um “cálculo intestinal do mamífero”, usado na indústria farmacêutica e de beleza, que vale muita grana.
A âmbar cinza foi encontrada por um homem que garimpava objetos trazidos pelo mar, na praia de Cabeçudas, usando um detector de metais. O achado foi, há alguns meses, durante a ressaca que atingiu o nosso litoral.
Continua depois da publicidade
O caso veio à tona nessa sexta-feira, através de sites de notícias, mas a identidade do homem não foi revelada. Ele teria localizado a pedra e percebido que era diferente, mais leve, e se alertou para a possibilidade de ser o “vômito de baleia”.
O professor Jules Soto, curador do museu de oceanografia da Univali, explica que a pedra é expelida do intestino de baleias cachalotes. Ele acredita que é difícil, mas não é impossível de se encontrar a pedra aqui na nossa região.
Continua depois da publicidade
Jules diz que poderia analisar a pedra para confirmar a procedência. “Tem que analisar para dizer se é ou não. O reconhecimento não ocorre por fotografia. Ela é possível de ser encontrada na nossa região, mas é bastante improvável”, opina Jules. O especialista confirma que os cachalotes são frequentadoras da costa catarinense, já que estamos na rota de imigração.
Tailandês ficou rico
Se ainda há dúvidas sobre a pedra encontrada em Cabeçudas, o tailandês Narong Phetcharaj, 56 anos, confirmou, na quinta-feira, que a pedra branca que ele encontrou flutuando no mar, na cidade de Surat Thani, no sul da Tailândia, é mesmo o popular “vômito de baleia”.
A pedra tem cerca de 30 quilos e está avaliada em R$ 7 milhões. Os especialistas já comprovaram a autenticidade do material, de textura gordurosa, encontrado no intestino da baleia, e considerado item de luxo pela indústria para ampliar a fixação de perfumes caros, como, por exemplo, o francês Chanel 5.
O caso do tailandês foi divulgado no portal Daily Mail.
Continua depois da publicidade