A primavera começa, nesta quarta-feira, com a previsão de ser uma estação florida, mas com poucas chuva. Previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Epagri mostram que os efeitos do fenômeno climático La Niña serão sentidos em boa parte do Brasil, podendo causar menos chuva que a média histórica pra estação.
O primeiro dia da primavera terá menos nuvens e o sol aparecerá na maior parte de Santa Catarina. As temperaturas terão uma queda na região da Amfri, com as mínimas na casa dos 13ºC e as máximas não passando de 21ºC. A queda na temperatura, que persiste até sexta-feira, ocorre em virtude de um sistema de alta pressão que atua no sul do Brasil.
Em Santa Catarina, a exemplo do Brasil, a primavera deve ser com menos chuva, contrariando a máxima de uma das “estações mais chuvosas do ano”. A previsão é precipitação baixa e temperatura ...
O primeiro dia da primavera terá menos nuvens e o sol aparecerá na maior parte de Santa Catarina. As temperaturas terão uma queda na região da Amfri, com as mínimas na casa dos 13ºC e as máximas não passando de 21ºC. A queda na temperatura, que persiste até sexta-feira, ocorre em virtude de um sistema de alta pressão que atua no sul do Brasil.
Em Santa Catarina, a exemplo do Brasil, a primavera deve ser com menos chuva, contrariando a máxima de uma das “estações mais chuvosas do ano”. A previsão é precipitação baixa e temperatura acima da média, principalmente, no Oeste e Meio-Oeste catarinense, devido à influência do La Niña. Na região do Planalto ao Litoral, deve apresentar chuva e temperatura próxima da média climatológica.
A coordenadora de Meteorologia Aplicada, Desenvolvimento e Pesquisa do Inmet, Márcia dos Santos Seabra, confirma que a tendência é que o volume de chuvas fique abaixo da média na região Sul e em partes de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, principalmente, durante os meses de outubro e novembro, período em que as chuvas tendem a ser maiores.
Márcia explica que estudos mostram que, desde a primavera de 1961, o volume de chuvas vem caindo em todo o Brasil. Essa tendência se acentuou a partir dos anos 2000, principalmente nas regiões sudeste e centro-Oeste.
A falta de chuva traz consequências à Bacia do Rio Paraná, que abrange os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal. Ela atende a cerca de 70 milhões de brasileiros e abastece a diversos grandes reservatórios d’água da região mais industrializada do país, incluindo Itaipú.
Desde maio deste ano, quando o Sistema Nacional de Meteorologia, formado por vários órgãos federais, emitiu um alerta de emergência hídrica, motivado principalmente pela escassez de chuvas na bacia do Paraná, a situação na região hidrográfica vem piorando.
Dados do Inmet revelam que, em 2020, as chuvas na região ficaram em torno de 350mm abaixo da média. Já em 2021, até 31 de agosto, já estava em torno de 300mm abaixo da média, com tendência a piorar até o início das chuvas da primavera.