A figueira que está em um terreno da construtora Clarus, na rua 15 de Novembro, no centro de Itajaí, segue sendo preparada para o transplantio.

A transferência para a praça dos Correios, no centro da cidade, deve ocorrer no dia seis de novembro. Até lá, o técnico agrícola e especialista em gestão ambiental, Heli Schlickmann, da empresa responsável pelo transplantio, segue preparando a árvore pra mudança.

Segundo Heli, a figueira menor, que não será transplantada, já foi derrubada do terreno. Já a figueira que mudará de endereço, teve dois ramos bem grandes podados. “Foi retirado o exemplar que não vai ser transplantado, e tinha dois ramos bem grandes, que estavam se projetando para a área do prédio, que foram suprimidos. Também diminuímos um pouco a altura para poder se adequar ao transporte, caso contrário não caberá na rua”, explicou.

O gestor ambiental também informou que encerrou a fase de sangria das raízes e de diminuição de altura da árvore. “As raízes já estão superbrotadas e esperamos rebrote da parte aérea. Está programado o transplante para o dia seis de novembro”, explica.

Os técnicos tiveram que limitar o tamanho da figueira, tanto na altura como na projeção lateral, para a árvore caber na rua e ser possível a realização das manobras durante o trajeto, até chegar na praça dos Correios. A distância da praça até o terreno onde estão as árvores é de 250 metros.

No dia do transplantio, além de Heli e os técnicos da empresa, participarão da força-tarefa representantes dos órgãos de trânsito, do Instituto Itajaí Sustentável (Inis) e da Celesc. “O transplante e a logística serão debatidos 30 dias antes pra adequarmos ao local, ao deslocamento e à altura da figueira. Na reunião alinharemos todos os detalhes”, explica Heli.

Mais um prédio

As duas figueiras estavam no terreno em frente ao edifício Boulevard, na rua 15 de Novembro, numa área onde funcionava um estacionamento. No local está previsto um empreendimento da construtora Clarus.

A construtora contratou a empresa de Heli para fazer o projeto de transplantio das árvores, identificadas como nativas. O projeto apontou que a árvore maior sobreviveria ao transplante. A árvore menor apresentou problemas de sanidade e nas raízes – por isso não pode ser transplantada.

Heli explica que há chance superior a 65% de a figueira sobreviver no novo local. Na praça dos Correios, a árvore ficará no lado da rua Dagoberto Nogueira, tendo no entorno outras árvores nativas, como pau-brasil, ipê branco, jerivá e garapuvu.