ITAJAÍ

Conclusão do complexo Madre Teresa não tem data ou mês definido

Secretaria Estadual de Saúde anunciou liberação de novos recursos pra entrega do prédio "ainda este ano"

 Governo diz que há pendências nos documentos a serem resolvidas pela direção do hospital Marieta (foto: João Batista)
Governo diz que há pendências nos documentos a serem resolvidas pela direção do hospital Marieta (foto: João Batista)

O governo do estado prometeu entregar a obra do complexo Madre Teresa, do hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, “ainda este ano”. A nova previsão anunciada na sexta-feira não definiu data para a unidade ser inaugurada. Segundo a secretaria Estadual de Saúde, novos recursos foram liberados pra continuidade das obras, que dependem agora de pendências documentais a serem resolvidas pela direção do hospital.

É a terceira vez que o estado promete a conclusão do complexo durante a pandemia. Em junho de 2020, o governador Carlos Moisés esteve em Itajaí e falou em terminar as obras em dois andares do novo prédio. Seria aberta uma ala com 40 leitos de UTIs e 40 leitos de enfermaria pra atender pacientes com coronavírus. A proposta não se concretizou, mas a ala segue no plano de ser a primeira parte do prédio a entrar em funcionamento.

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Em novo anúncio em março deste ano, o secretário Estadual de Saúde, André Motta Ribeiro, se comprometeu, durante visita ao hospital, em entregar as obras do complexo em 90 dias, prazo que também não foi cumprido. Na ocasião, a continuidade da obra estava emperrada pela falta de repasses do governo do estado.

A construção do complexo hospitalar se arrasta desde 2012 e já custou R$ 92,7 milhões, segundo o governo estadual. O secretário André Motta Ribeiro diz que a conclusão da obra é prioridade na secretaria e que está empenhado na abertura do complexo. O projeto tem recursos do programa Pacto da Saúde, cujo convênio termina em meados de 2022.

“No ano passado foi feito um aporte de recursos da SES [secretaria Estadual de Saúde] em contrato emergencial para colocar o 10° e o 11° andares à disposição. Entendemos que há uma certa dificuldade da gestão dos processos como um todo para que seja entregue a obra, mas temos o máximo de interesse que ela seja entregue rapidamente”, considerou.

Segundo o secretário, há pendências documentais que a direção do hospital precisa enviar à secretaria pra que, “em breve”, o governo possa entregar a nova ala do hospital, com a abertura dos dois andares do complexo. Ele disse que, com a pandemia, o hospital precisou se readequar para atender aos casos de covid-19.

André informa que a secretaria está apoiando a direção da unidade, sendo criado até um grupo de trabalho pra resolver as dificuldades e agilizar a entrega da obra.

“Entendemos as dificuldades da gestão do Marieta para dar andamento aos seus processos e por isso os atrasos aconteceram. É importante lembrar que a documentação de necessidade de contratos e de estruturação dos serviços deve partir da unidade hospitalar”, ressaltou.

R$ 30 milhões pra compra de equipamentos

Obra se arrasta desde 2012 e já custou R$ 92,7 milhões

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Além dos valores listados, a secretaria de Saúde já definiu o aporte de R$ 30 milhões para a compra de equipamentos que serão instalados no novo prédio.

“O que está faltando nesse momento são equipamentos e instrumental. Há uma certa dificuldade de entendimento do que será colocado dentro da unidade hospitalar. A SES tem um rol de ofertas de equipamentos e estamos conversando com o hospital sobre isso”, esclareceu o secretário.

Segundo ele, a direção precisa abrir edital de compra de equipamentos, pois a secretaria descentraliza os recursos por meio de convênio. “Mas tudo isso está sendo organizado. Temos uma equipe que está permanentemente em contato com o hospital pra que se possam resolver essas questões e colocar o Complexo Madre Teresa em definitivo à disposição da comunidade”, completou André.

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O complexo contará com serviço de urgência e emergência, centro de Diagnóstico por Imagem (CDI), ambulatório, banco de leite, 241 leitos de internação, 20 leitos de UTI adulto e 10 de UTI neonatal, 10 leitos de unidade de Cuidados Intensivos (UCI), 12 salas cirúrgicas, incluindo três obstétricas, central de Materiais Esterilizados (CME) e unidade de Alta Complexidade Oncológica (Unacon).

Atrasos desde 2018

A construção do complexo parou em 2018 e foi retomada em março do ano passado por uma nova construtora. O novo prédio tem 15 andares e vai ampliar a capacidade de atendimento aos moradores da região da Amfri.

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Conforme a secretaria Estadual de Saúde, em 2020 a pasta repassou R$ 881,9 mil para abertura de 40 leitos de UTI e 41 de internação, ambos de covid-19, que não foram abertos.

Também foram repassados quase R$ 3,6 milhões pra compra de mobiliário, R$ 1,8 milhão pra a conclusão de obras remanescentes do convênio com a construtora anterior, e R$ 9 milhões para a compra de equipamentos de grande porte que dependiam de obras para serem instalados, como focos cirúrgicos, painéis de UTIs e raios-x.

Além disso, outros R$ 2,1 milhões foram repassados pra finalização da obra do novo prédio. Os 78 respiradores pulmonares enviados pelo estado pra atender pacientes com covid ficarão na unidade para serem usados pela direção.

Neste ano, o hospital solicitou um novo aditivo de R$ 1,7 milhão para pintar o prédio e realizar acabamentos. O recurso foi liberado pela secretaria em 25 de junho. Ainda estão previstos mais dois novos repasses: um de R$ 322,5 mil pra fiscalização final da obra, e outro de R$ 657,3 mil pra reforma da recepção, que permitirá o controle entre os acessos do prédio do hospital e do complexo Madre Teresa.

A secretaria aguarda o envio, por parte do hospital, do cronograma de obra e dos projetos de execução, respectivamente, pra liberação dos novos recursos. Em nota, o hospital Marieta informou que não possui pendências junto ao governo do Estado, no que tange a obra do complexo Madre Teresa. “Todos os encaminhamentos solicitados já foram realizados”, esclareceu.

 






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