Porto de Itajaí
Município quer contraproposta pra evitar a privatização total
Objetivo é sensibilizar o governo federal a manter a gestão vinculada ao município
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Técnicos da superintendência do porto de Itajaí e da prefeitura iniciam nessa segunda-feira, os estudos para uma contraproposta à secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA) com relação ao modelo apresentado pelo governo federal para a desestatização do porto de Itajaí.
Em Itajaí o secretário de portos e técnicos da Empresa de Planejamento Logístico (EPL) apresentaram a proposta de privatização total do porto, enquanto o município defende que a operação seja concedida à iniciativa privada, mas que a gestão da Autoridade Portuária continue municipalizada.
“Estamos aguardando os estudos com os dados brutos coletados pelo governo federal e EPL para, com base nestes dados, elaborarmos uma contraproposta para ser discutida com a sociedade civil organizada”, diz o superintendente do porto, Fábio da Veiga.
O gestor destaca ainda que serão analisados todos os itens apresentados pela SNPTA em Itajaí que serão avaliados e discutidos pelas comissões e profissionais do meio acadêmico. “Essa contraproposta precisa atender aos anseios de toda a comunidade regional e estadual”, acrescenta Veiga.
O assunto também será discutido na terça-feira em reunião do Fórum em Defesa da Permanência da Autoridade Portuária Municipal no auditório da superintendência, a partir das 9h30. O fórum Parlamentar Catarinense, formado pelos 16 deputados federais e os três senadores do Estado, também defende a manutenção da gestão municipal.
As discussões voltam à tona mais de duas décadas depois da delegação do porto de Itajaí ao município, que vem registrando subsequentes resultados positivos desde o ano de 1995, segundo números apresentados pelo porto, quando sua gestão passou a ser exercida por uma autarquia municipal vinculada ao gabinete do prefeito.
A gestão do porto público foi delegada ao município por 25 anos, renovável por mais 25. No entanto, o porto entrou no programa de desestatização do governo federal, com leilão previsto para o ano que vem.