Os estudos ambientais contratados pela Emasa, de Balneário Camboriú, para criação do parque linear do canal Marambaia, estão em fase de finalização, e tem previsão de serem entregues ao instituto do Meio Ambiente (IMA) no mês que vem. Os estudos começaram há cerca de um ano e vão permitir a dragagem do rio da rua 1901 até a foz junto ao molhe do pontal Norte.
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O levantamento foi exigido pelo IMA pra que o município obtenha o licenciamento ambiental e possa ser autorizado a fazer a dragagem. De acordo com o diretor-geral da Emasa, Douglas Costa ...
O levantamento foi exigido pelo IMA pra que o município obtenha o licenciamento ambiental e possa ser autorizado a fazer a dragagem. De acordo com o diretor-geral da Emasa, Douglas Costa Beber, a dragagem é a única forma de retirar o lodo acumulado no fundo do rio, permitindo o avanço nas ações de revitalização do canal Marambaia para implantação do parque linear.
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“O IMA exigiu os estudos pra qualquer tipo de intervenção no rio. A gente está finalizando o processo de estudos e nós queremos, sim, fazer a dragagem”, comentou. “A partir da entrega desses estudos, se avalia todo o contexto das informações para IMA poder se posicionar sobre qualquer intervenção”, informa.
O projeto envolve estudos hidrológico-hidráulico, que incluem avaliação da influência da maré no rio, projeto hidráulico com medidas de drenagem, projeto executivo da dragagem, e estudo ambiental simplificado, com avaliação de risco de inundações e levantamento de fauna e flora.
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A parte de drenagem, em específico, vai levantar a quantidade de lodo a ser dragado, o método de dragagem e o local de destinação do material, além de aspectos legais para o licenciamento do serviço. O projeto também deve apontar a necessidade de futuras dragagens de manutenção do canal.
A dragagem vai representar uma nova etapa no projeto de despoluição do rio, que prevê coibir o lançamento de esgoto, no canal, e ações de tratamento da água e monitoramento ambiental. O objetivo final é a implantação do parque linear ao longo dos quase mil metros do rio.
Emasa segue com trabalho de inspeção contra a poluição das águas
Enquanto seguem os estudos ambientais, Douglas Costa Beber afirma que outras ações continuam sendo feitas pra evitar despejos irregulares no rio. Ele destaca que trabalhos de inspeções, notificações, lacres de esgoto clandestino e aplicação de multas são mantidos normalmente.
As ações, voltadas à revitalização do canal Marambaia, voltaram a ser cobradas por moradores da região do pontal Norte em função do início das obras de alargamento da faixa de areia da praia Central. A percepção da comunidade é que os trabalhos perderam intensidade nos últimos meses.
Para o diretor da Emasa, a percepção não corresponde à realidade. “Estamos trabalhando muito. Somente diminuímos o ritmo nos momentos mais intensos da pandemia, pois os decretos estaduais trouxeram o serviço remoto e o fechamento de estabelecimentos, com impedimento para os serviços que não fossem considerados essenciais”, ressaltou.
Desde 2017, uma série de ações é feita pra revitalização do Marambaia. O programa "Balneário Camboriú é a Nossa Praia" tem foco na despoluição das águas. A obra do novo emissário de esgoto da barra Norte e a elaboração de leis sanitárias mais rigorosas estão entre as medidas. Pelo programa Se liga na rede, as fiscalizações foram intensificadas pra combater ligações irregulares. Mais de 70 mil vistorias já foram feitas.
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