Do total de casos confirmados, 26 são considerados autóctones, com origem dentro do próprio estado, sete casos são “importados” e 10 estão sob apuração da origem. Dois dos pacientes infectados com a variante morreram.
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O resultado das investigações fez o estado confirmar transmissão comunitária, que ocorre quando a variante já está circulando livremente em um território e não é mais possível determinar a origem do contágio.
Na região da Amfri, a variante foi confirmada em cinco cidades: Itajaí, Balneário Camboriú, Piçarras, Camboriú e Navegantes. No total, são sete casos na região, com dois registros em Camboriú e dois em Navegantes, que entrou no boletim na quinta-feira. Em Piçarras, a investigação apontou que o contágio ocorreu na própria cidade. Em Itajaí, o único caso confirmado é importado. Nas demais cidades, o local de origem da infecção estava em apuração.
De acordo com a vigilância Epidemiológica de Itajaí, 14 pacientes que viajaram para locais com registro da variante Delta já foram monitorados. Do total, apenas um teve resultado positivo. O contágio é de um homem de 49 anos, que esteve na Indonésia e voltou ao Brasil no final de junho. A confirmação da infecção com a variante saiu no mês passado, entre os primeiros registros no estado. Atualmente, um paciente está em monitoramento domiciliar ainda sem resultado do exame.
Em Balneário, o primeiro caso foi registrado na semana passada, envolvendo uma mulher de 22 anos. Com quadro de sintomas leves, ela foi monitorada e ficou em isolamento. A origem da contaminação não foi determinada. A paciente não viajou, mas fazia deslocamentos frequentes pra Itajaí, onde mora o namorado.
Os sete novos casos identificados nesta quinta-feira são em São Bento do Sul, Joinville, Bom Jardim da Serra, Capivari de Baixo, Santo Amaro da Imperatriz, Florianópolis e Navegantes. As cidades com mais casos são Joinville e São Francisco do Sul, com sete registros cada.
A variante é considerada mais transmissível, inclusive entre vacinados. O avanço da variante fez a vigilância Estadual em Saúde emitir um alerta com recomendações sobre o reforço no monitoramento dos casos pelos municípios e a necessidade de manter as medidas preventivas. O alerta aponta para o risco de um “possível aumento exponencial de casos” em todas as faixas de idades.
Milhares de contaminados
Pro secretário Estadual de Saúde, André Motta Ribeiro, o estado já deve estar com “milhares” de pessoas com a nova variante, considerando que a confirmação ocorre em até 20 dias após o contágio. Um dos últimos registros foi de um homem que faleceu no começo de julho e a confirmação para a variante saiu só no início de agosto.
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A partir de um caso suspeito da doença, o paciente é isolado, monitorado, tratado e tem os contatos rastreados. “Nós temos uma rastreabilidade grande. Quando se percebe uma carga viral maior, ela já é testada para várias variantes”, diz o secretário. Ele analisa que o avanço da variante é “natural da doença”, que vai mudando para se adaptar. Além da Delta, SC já tem outras três variantes em circulação.
O epicentro de contágio com a variante Delta no país é no estado do Rio de Janeiro, com 60% dos casos de covid ligados à nova cepa. A projeção de pesquisadores da USP e Unesp é que São Paulo se torne o centro da variante a partir de setembro.
