A operação Expresso 80, da polícia Federal, cumpriu 92 ordens judiciais em cidades do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais para desarticular uma quadrilha envolvida com os tráficos de armas e drogas. Em Balneário Camboriú, dois homens, que faziam parte do núcleo de doleiros do bando, foram presos e duas empresas tiveram as atividades suspensas por determinação judicial.

São 19 pessoas presas. Houve prisões em BC,  Medianeira, Maringá, Erechim, Juiz de Fora, Diadema, São Paulo, Joaçaba, Curitiba e Foz do Iguaçu.

Em Balneário foram presos  A.H.M.N., na rua 1950, no condomínio Edgar Wegner, no centro. Já R.S.M. foi detido no edifício Posadas, na rua 701, também no centro.

Com eles foram apreendidos cerca de R$ 5 mil em dinheiro, celulares e computadores. As duas empresas não tiveram o ramo de atividade ou os endereços divulgados pela PF, mas seriam uma casa de câmbio e uma loja de conveniência. 

As investigações iniciaram em 4 de maio de 2020, quando foi apreendido, em Ponta Grossa, um ônibus carregado com 1,7 tonelada de maconha e dois fuzis calibre .556.

Após a apreensão, a PF do Paraná seguiu com as investigações por mais de 15 meses, período em que foram apreendidas novas cargas de drogas, diversas armas vindas do Paraguai, além de veículos e outros bens valiosos.

Carros locados

De acordo com a PF, os investigados usavam empresas de locação de veículos e de transporte rodoviário de passageiros para a movimentação das drogas e armas entre vários estados do Brasil. Os materiais eram armazenados em fundos falsos de ônibus e vans de turismo das empresas que pertenciam ao líder do bando.

O nome da operação remete aos fuzis apreendidos, que eram montados com 80% das peças compradas sem registro com a ideia de dificultar o rastreamento. Cerca de 175 policiais federais participaram da operação, que deve cumprir 23 mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária, 32 mandados de busca e apreensão, 29 de sequestro de bens e bloqueio de valores, além de sete mandados de suspensão de atividade comercial e lacração de comércio. Todas as ordens foram expedidas pela Justiça Federal de Ponta Grossa, no Paraná.