ITAJAÍ

Pai batalha pela saúde de bebês, após perder esposa e filho no parto

Mulher de Ismael João morreu após o parto, quando um dos trigêmeos veio ao mundo morto

Ismael não consegue mais viver na casa que ampliou para a chegada dos trigêmos 
(Foto: João Batista)
Ismael não consegue mais viver na casa que ampliou para a chegada dos trigêmos (Foto: João Batista)
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Enquanto tenta superar a perda da esposa e de um dos filhos trigêmeos, o operador de empilhadeira Ismael José, de 37 anos, de Itajaí, espera pela recuperação do casal de gêmeos Isabela e Enzo, que seguem internados na UTI neonatal da maternidade Santa Luzia, em Balneário Camboriú. A mãe das crianças, Patrícia Andreia Rodrigues, 33, faleceu no dia 12 de março, devido a uma infecção no intestino, dois dias após o parto prematuro dos trigêmeos. Um dos bebês, Vitor, veio ao mundo sem vida.

Ismael é pai também da menina Isadora, de quatro anos. Eles moram no loteamento Nilo Bittencourt, no bairro São Vicente. Desde a tragédia no mês passado, o pai das crianças tem ficado na casa da mãe dele, de 76 anos, que fica no mesmo terreno. A casa que tinha ampliado pra receber os trigêmeos agora está vazia. “Eu venho, mas não tenho coragem de ficar aqui não”, comenta.

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Ismael e Patrícia estavam juntos há 17 anos. Um mês e meio antes da perda da esposa, ele já tinha perdido o pai, que faleceu após a luta contra um câncer. Nas últimas semanas, Ismael tem se dedicado ao acompanhamento dos recém-nascidos. Os bebês vinham se recuperando bem, mas voltaram a ser intubados nessa semana. Eles nasceram ao final da 26ª semana de gestação. A previsão é que eles fiquem ainda de três a quatro meses na maternidade.

O pai conta que os bebês praticamente dobraram o peso. O menino Enzo passou de 940 gramas pra 1,875 quilo na pesagem na quarta-feira. Já Isabela, que nasceu com 700 gramas, estava com 1,305 quilo na última pesagem. Ismael ressalta que o quadro das crianças ainda é grave, mas que a evolução está dentro da normalidade. Todos os dias, ele vai à maternidade ver o casal, durante o horário permitido pra visitas, onde confere o boletim médico.

“Agora eles estão na intubação. Não dá de fazer contato. A gente faz carinho no vidro, mas o coração pede pra ficar junto”, relata. A filha de quatro anos, que ainda não viu os irmãozinhos, costuma perguntar por eles. Ela também pergunta pela mãe, mas teria aceitado a história de que Patrícia virou uma estrela que está no céu. Ismael conta que a filha passa o dia na cunhada dele, onde ela tem a companhia de outra menina na mesma idade.

Emocionalmente, Ismael afirma que tem se virado bem. Ele lembra que vem de uma família grande, marcada por muitas perdas, entre elas a da irmã, quando ele ainda era criança, a do avô e, mais recente, a do pai. “Sou meio casca grossa”, define. Com a morte da esposa Ismael ainda tenta lidar. O casal costumava fazer muitos passeios de moto junto. Em maio, será o primeiro dia das mães sem Patrícia. Ismael sepultou a esposa um mês antes do dia 12 de abril, quando faz aniversário.

Família faz vaquinha para comprar leite especial, fraldas e remédios

A gravidez de Patrícia foi marcada por várias complicações. Ela descobriu a gravidez cerca de dois meses após uma cirurgia bariátrica, de redução de estômago e sofreu com dores constantes na gestação. Com 25 semanas da gravidez, os médicos descobriram que uma das crianças já tava morta, mas o parto não foi antecipado devido ao risco aos outros bebês.

Eles nasceram prematuros no sétimo mês de gestação. A mãe foi levada pra UTI após os médicos identificarem que o intestino dela estava necrosado, que seria em decorrência da cirurgia no estômago. Patrícia não resistiu e faleceu dois dias depois. Os gêmeos estão sendo tratados e medicados pela equipe do hospital. No momento, os custos estão sendo pagos  pelo plano de saúde. Ismael já recebeu algumas doações de fraldas e roupinhas, mas se preocupa mais com a próxima fase, quando estiver com as crianças em casa.

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Elas precisam de leite especial e de remédios do tratamento que não são gratuitos na rede pública. Atualmente Ismael está de licença-maternidade. Depois do período, ele ainda deve pegar férias da empresa onde é assalariado. Uma vaquina virtual continua aberta pra as pessoas interessadas em ajudar. A arrecadação será usada pra custear fraldas, leite e remédios para as crianças. O link é https://vaka.me/1894825. O contato com a família pode ser feito pelo telefone (47) 99661-2449, com Diane.






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