Moradores reclamam de buzinaço de caminhões na fila do porto de Itajaí

Vizinhos e moradores de bairros próximos ao porto de Itajaí estão reclamando, novamente, da barulheira e do buzinaço dos caminhoneiros que ficam na fila de espera pra entrar na APM Terminals. O problema acontece durante o dia e também durante a noite e a madrugada, perturbando o sossego dos vizinhos, inclusive de moradores dos bairros São João e na Barra do Rio, onde a fila chega a se estender. O problema se acentuou nos últimos dias. Os caminhoneiros, por outro lado, ficam na bronca com a APM Terminals, pela demora em atender os caminhões, o que provoca as filas. A empresa informou que houve um aumento da movimentação de contêineres acima do normal nas últimas semanas e que tem orientado os motoristas a não buzinarem ao longo da fila pra não prejudicar a comunidade. De acordo com o gerente de logística Maurício França, de 58 anos, que mora na rua Heitor Liberato, a barulheira dos caminhões tem sido recorrente. “Todos os dias tem buzinaço, de dia e de madrugada. Nós não aguentamos mais”, relata. Ele informou que já fez queixa junto à superintendência do porto, na Codetran, na polícia Militar e na polícia Civil. “Mas nenhuma ação foi tomada pra resolver a situação”, frisa. O barulho na fila ao longo da avenida Irineu Bornhausen, a Caninana, também pode ser ouvido por morador da rua José Pereira Liberato, no São João. Segundo um comerciante, o problema perdura há dias e perturba o sono da vizinhança. Já os caminhoneiros jogam a culpa na APM Terminals, relatando falta de agilidade no recebimento e na saída de contêineres. A demora pra entrar no terminal, conforme relatou um motorista, chega até 12 horas. “Na madrugada a fila se estende até a Barra do Rio”, conta. O caminhoneiro ainda ressalta que, após entrar no porto, também há demora na liberação interna, em atraso que tem somado cerca de seis horas. Os motoristas dizem que o problema não ocorre no porto de Navegantes porque lá tem mais portões de acesso. Movimentação acima do normal Em nota, a APM Terminals disse que houve aumento na movimentação nas últimas semanas devido ao atendimento de navios que estavam fora da data programada, por “questões alheias ao terminal”. Segundo a empresa, houve problemas climáticos no Caribe que gerou atrasos e os navios acumularam. A situação já estaria se normalizando. “Com isso, a demanda de caminhões para entrega e retirada de contêineres subiu muito também, o que gerou filas e impactou no tempo de permanência dos caminhões”, informou a APM, que lembrou que a movimentação no terminal cresceu mais de 13% nesse ano. Pra atender a demanda, a empresa ressaltou que as equipes foram reforçadas e novos equipamentos foram comprados ou alugados. “A APM Terminals pede desculpas e lamenta o impacto causado na comunidade e pede aos motoristas que não buzinem ao longo da fila e rodovias, já que tal ação não acelera o atendimento e prejudica toda a comunidade vizinha”, informou. Reunião vai tratar assunto O chefe da Codetran, Robson Costa, disse que está sendo acionada uma reunião com a APM, superintendência do Porto e outros envolvidos na questão. “Todos terão que se comprometer a ajudar nessa logística portuária. APM tem que saber que existe limite por hora para entrada de caminhões. Não adianta chamar 100 caminhões se a capacidade operacional do porto é 30 por hora”, observa. Robson destacou que os agentes estão fazendo o possível pra agilizar as filas, com apoio no trânsito na região do porto e na entrada e saída do terminal. Ele informou que os tempos do sinaleiro na frente do porto foram ajustados. “Mas de nada adianta se a APM não tiver agilidade e organização na recepção dos caminhões. A Codetran sozinho jamais conseguirá resolver esse problema”, afirma. A assessoria da superintendência do Porto de Itajaí (SPI) confirmou o buzinaço tem realmente ocorrido nas últimas semanas, como reflexo da alta movimentação no terminal, que acarreta inclusive o travamento de senhas no sistema. O órgão lembrou que, 2016, eram cinco mil contêineres movimentados por mês. Em outubro desse ano, foram 55 mil. A SPI ainda informou que as áreas internas do porto estão quase todas ocupadas. Com isso, guindastes e caminhões precisam operar devagar pra evitar acidentes, gerando lentidão na produção. Outro fator que afeta as operações é o afastamento de servidores, portuários e funcionários da APM por covid-19, prejudicando as escalas, segundo a SPI.



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