Criança com corte na língua não pode levar pontos no Ruth Cardoso

O corretor de imóveis Fabrício Estigarribia, 27 anos, vive um drama com o filho de dois anos e nove meses desde à noite de domingo. A criança teve uma queda em casa, em cima de uma mesa de vidro. A mesa quebrou e a criança machucou a boca e a língua com um corte profundo. Desesperado, o pai levou o filho para o pronto atendimento da Barra, em Balneário. “A língua estava muito feia, ficou pendurada e eles nos transfeririam pro Ruth Cardoso”, conta. No Ruth Cardoso, após esperar duas horas e meia, o médico cirurgião disse que não iria fazer os pontos. A criança precisaria ser levada pro hospital Pequeno Anjo, onde há um centro cirúrgico. Fabrício diz que a esposa quis esperar a transferência do lado de fora do hospital porque o Ruth Cardoso estava lotado e ela queria evitar a aglomeração e reduzir as possibilidades de infecção pela covid-19. “Tinha criança por todos os lados, sem máscaras, doentes, nos corredores... Ficamos na frente do hospital, quando chegou o funcionário da prefeitura para fazer a transferência. Ele disse que iam dois pacientes no mesmo carro. Um carro lotado, com seis pessoas, no meio da pandemia?!”, questionou. O pai disse que levaria o filho e a esposa no carro particular até o Pequeno Anjo, em Itajaí. “O funcionário da prefeitura começou a fazer gestos, me mandou à merda e foi pra cima de mim e da minha sogra. Ele me ameaçou e falou um monte de coisas. Nos insultou, porque ele queria compartilhar o carro em meio a uma pandemia”, desabafa. Parte do bate-boca foi gravado pela família. O pai levou a criança pro Pequeno Anjo, onde o procedimento foi feito. Segundo ele, o médico teria falado que o Ruth Cardoso recebe mais verbas públicas e não resolve nem coisas simples. “Ficamos seis horas esperando, meu filho gritando de dor, não fizeram o raio-x e se negaram a fazer o atendimento, alegando que teria que ser um especialista pra essa cirurgia. No Pequeno Anjo deram anestesia e um cirurgião geral deu os pontos. Ele levou 15 pontos”, contou. Essa não teria sido a primeira vez que o funcionário da prefeitura discute com um paciente. “A estrutura do Ruth Cardoso está destruída, o hospital está destruído, os funcionários estão se negando a prestar atendimento”, lamentou o pai. Fabrício diz que o filho continua com dores e que decidiu buscar uma consulta e exames particulares. “Porque não tivemos suporte adequado do SUS”, critica. Procedimento tinha que ser no Pequeno Anjo A secretaria de Saúde de BC informou que não o procedimento não era uma sutura e sim uma pequena cirurgia, sendo necessário anestesista e uma sala específica. O Ruth Cardoso não realiza cirurgia pediátrica e a referência para casos como esse é o Pequeno Anjo. A respeito do transporte, na data e horário do fato, a ambulância estava sendo usada para atendimento de um caso grave, sendo disponibilizado um motorista da secretaria, que já faz esse tipo de traslado aos pacientes pediátricos, tendo a família se negado a embarcar no veículo. A conduta do motorista está sendo apurada pela secretaria Municipal de Saúde.



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