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Entrevistão com os candidatos à prefeitura de Itajaí (Parte 2)

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]



Itajaí, mais uma vez, confirma o histórico de campanhas eleitorais  acirradas. São cinco candidatos disputando o comando da cidade. O prefeito Volnei Morastoni (MDB) tenta a reeleição contra quatro oponentes: o ex-vereador João Vecchi (PT), o sindicalista e ex-vereador Osvaldo Mafra (Solidariedade), o empresário Patrick Dauer (Avante) e o vereador Robison Coelho (PSDB). Para ajudar os eleitores na escolha, o DIARINHO sabatinou todos os candidatos. As entrevistas começaram a ser publicadas, ontem, por ordem alfabética.

Os sabatinados falaram sobre saúde, educação, qualidade de vida, plano diretor, porto, transporte público, Semasa e a pandemia do coronavírus. Hoje você confere as entrevistas com Robison e Volnei. Ontem, publicamos a entrevista com Vecchi, Mafra e Dauer. As fotos são de Fabrício Pitella e as entrevistas de Franciele Marcon. O conteúdo está disponível, em texto e vídeo (na íntegra), no site www.diarinho.com.br, e nas redes sociais @diarinho. Confira!

Robison José Coelho (PSDB)



https://vimeo.com/477405719

Raio X

NOME: Robison José Coelho (PSDB)

NATURAL: Itajaí


IDADE: 42 anos

ESTADO CIVIL: divorciado

FILHOS: uma 

FORMAÇÃO: comércio Exterior e engenharia dos Transportes

TRAJETÓRIA POLÍTICA: vereador eleito pelo PSDB para o mandato 2016/2020


 

Todos os recursos do Semasa serão para investimentos na autarquia” - Robison Coelho (PSDB)

 

Volnei José Morastoni (MDB)


https://vimeo.com/477407216

Raio X

NOME: Volnei José Morastoni (MDB)

NATURAL: Rio do Sul

IDADE: 70 anos

ESTADO CIVIL: casado

FILHOS: cinco


FORMAÇÃO: Medicina; pós-graduado em saúde pública

TRAJETÓRIA POLÍTICA: prefeito de Itajaí por dois mandatos. Duas vezes vereador e quatro vezes deputado estadual

 

Queremos uma cidade moderna, sustentável e com justiça social” - Volnei Morastoni (MDB)

 

DIARINHO – Itajaí demorou quase um mês para anunciar que conseguiu controlar o grave problema da salinidade após o rompimento de uma barreira do Semasa. Como avalia a atual gestão do Semasa e o que pretende mudar na autarquia se for eleito prefeito?

Robison: A nossa gestão vai ser totalmente técnica. Nós vamos aproveitar os atuais servidores efetivos que têm qualificação pra ocupar os espaços estratégicos. Não dá para politizar a água que está chegando na torneira dos itajaienses. Os espaços ocupados hoje são por pessoas políticas, ligadas a vereadores, ligadas a políticos tradicionais. Isso não vai acontecer na nossa gestão. Todo recurso arrecadado pelo Semasa vai ser efetivamente investido no Semasa. Durante essa gestão foram desviados, retirados, R$ 56 milhões do caixa da empresa. Esse recurso, se fosse investido, se fosse aplicado, nós não teríamos hoje água suja entregue nas torneiras.  Com os investimentos na barragem, com certeza, nós não teríamos o problema da salinidade. Na nossa gestão nós vamos usar todos os recursos do Semasa para investimentos, pra troca da tubulação, com pessoas técnicas e qualificadas. O recurso retirado pelo atual prefeito do Semasa nós iremos devolver. Até porque eu sou autor de uma ação cobrando isso na justiça.

Volnei: Ao propor um novo governo, a continuidade não quer dizer continuísmo. É natural que se possa, em todas as secretarias, em todos os setores, como porto, Semasa, que se tenha mudanças, adequações, ajustes. Especificamente no Semasa, nós estamos trabalhando diuturnamente e inclusive estamos com os projetos prontos para poder resolver definitivamente esse problema da água, que é uma herança da antiga Casan. Em 2003 foi municipalizado o serviço. É uma rede de ferro-velho, antiga e agora já fizemos uma primeira parte, que é a questão de uma ilha química, produtos químicos lançados que já precipitam ferro e manganês, que são dois componentes muito intensos na nossa água. Agora aquilo que já está acumulado da ferrugem e do próprio manganês, só trocando a rede. Vamos iniciar a substituição de toda rede de água por PVC. E por outro lado, a salinidade foi resolvida agora, emergencialmente, e reforçando a barragem Foi um problema que eu resolvi em 2006, 2007, há 13 anos não se ouvia mais falar de água salgada, e agora, abruptamente, inesperadamente, teve essa alta, mas já estamos com o problema solucionado.

DIARINHO – Itajaí vai encerrar mais um governo sem a aprovação do novo plano diretor. Houve audiências consultivas, mas as mudanças não foram debatidas com profundidade. O plano diretor precisará ser votado pelo novo governo e vereadores eleitos e pode ceder à pressão da construção civil para que a cidade aprofunde o processo de verticalização. Qual será a diretriz de um eventual governo seu?

Robison: Precisamos definir regras claras daquilo que pode e aquilo que não pode. Infelizmente,  durante esses quatro anos não foi aprovado o plano diretor. Eu participei de algumas audiências, participei da audiência da praia Brava, do centro, do bairro São João, que é o meu bairro. Esperávamos votar nesse governo regras mais claras, respeitando as questões ambientais, mas também deixando mais clara a questão da construção civil. Aquilo que pode e aquilo que não pode. Dar segurança jurídica para os empreendedores.

Volnei: Quando assumimos fizemos um planejamento estratégico do município de Itajaí com a Univali e ouvindo a comunidade. Estamos olhando Itajaí para 2040. Queremos uma cidade moderna, sustentável e com justiça social. O sustentável quer dizer uma cidade que com toda a evolução que e vai ter, com todos as avenidas que vamos rasgar, com todas as grandes obras que estavam fazendo, com todos os empreendimentos novos que virão, nós temos que manter a sustentabilidade, porque a nossa maior casa é o meio ambiente. Esse ano, em função da própria covid, várias ações de governo, de obras e programas tiveram que ser retraídos. Afetou também a construção do plano diretor. Até dezembro nossa ideia é que possamos ter concluído e encaminhar para a câmara de Vereadores. E ainda esse ano poderia ser votado ou no máximo no primeiro trimestre do ano que vem.

DIARINHO – Há quase duas décadas a via expressa portuária é promessa de campanha jamais concluída. O esgotamento do trânsito nas proximidades do terminal evidencia um revés: apesar de proporcionar riqueza econômica a Itajaí, o porto cobra um preço alto na qualidade de vida. Qual a sua proposta?

Robison Coelho: Eu sou portuário e sei da importância do porto, da atividade portuária. Hoje mais de 50% de tudo que Itajaí arrecada vem da atividade portuária, do comércio exterior. A promessa tá na boca dos políticos há muito tempo e será concluída no nosso mandato. Nós vamos concluir a via expressa portuária, conseguindo um ganho de logística, de redução de custos, melhoria na movimentação de cargas, e também na questão social, uma questão humana. Tirar os caminhões do centro da cidade, das regiões de onde dividem o trânsito com as motocicletas e carros. Nós vamos ter uma via exclusiva pro transporte de contêineres. Infelizmente, o atual governo adquiriu um empréstimo internacional de 56 milhões de dólares, e essa seria a obra mais importante que deveria ser feita. E, infelizmente, não foi feita, mas Itajaí vai ter um prefeito portuário que vai concluir.

Volnei Morastoni: Tenho conversado com o ministro da infraestrutura e debaixo da nova concessão do cais portuário, que ano que vem vai estar concluído esse processo, pois vence o arrendamento do porto em 2022. Entre os atributos para quem deter essa nova concessão, vai ser a construção da via expressa portuária, que na verdade foi federalizada e desde 2012 está parada. Por minha conta, conta do município, no entendimento com o governo federal, estou construindo mais um quilômetro dela, em Cordeiros,  e vai sair lá na Reinaldo Schmithausen, na rótula do Dalçoquio. Os caminhões vêm pela via portuária, vão para o porto e quando vem do porto, nessa rótula, vão acessar a via portuária. Vamos tirar os caminhões pesados da Reinaldo Schmithausen, que é um dos principais problemas. A solução é a construção definitiva dela, e vai estar entre os encargos de quem deter a nova concessão do porto.

DIARINHO – Tem-se discutido a privatização total do terminal portuário. O contrato de arrendamento da APM está chegando ao fim. Qual a sua proposta?

Robison: O contrato da APM vence em 2022, o contrato de arrendamento e também a delegação do município, questão da municipalidade, ambos vencem em 2022. Nós saímos na frente, assim que o presidente Bolsonaro ganhou a eleição em 2018, eu consegui a aprovação de uma audiência pública na câmara de vereadores, presidi uma audiência pública, em conjunto com todo o trade portuário, e nós definimos a melhor solução para o porto de Itajaí. Autoridade portuária pública, aquela que vai cuidar do rio, da dragagem, da manutenção das questões ambientais e todas as operações na iniciativa privada. A atual arrendatária do porto de Itajaí já demonstrou interesse na continuidade. Nós precisamos melhorar a qualidade do serviço, os caminhoneiros sofrem nas filas, 10, 12 horas. E também a questão dos trabalhadores portuários. Na câmara, eu presidi também uma audiência contra a vinda de soja pra Itajaí. Se não fosse aquele movimento, hoje a gente não estava vendo mais carga contêinerizada em Itajaí e sim carga de soja, para atender interesses políticos e comerciais de pessoas ligados ao atual prefeito.

Volnei: Essa privatização é entre aspas. Porque, na verdade, a lei federal já determina que toda a atividade operacional do porto é privada. O poder público não opera em porto nenhum. A ampliação dessa atividade operacional, porque só teve o berço 1 e 2, na outra vez, porque o 3 e 4 estavam fora de combate. Agora estão incluídos os quatro berços, então vai ter essa atividade operacional toda que é privada. Pode ampliar algumas atribuições de quem deter essa concessão privada, mas vamos manter a autoridade portuária pública municipal. É um pedido reiterado. Hoje pela manhã, eu disse antes, estava com o secretário executivo do ministério da Infraestrutura. Reiteramos e ele confirmou que é essa a intenção. Manter essa particularidade do porto de Itajaí. Manter porque foi um sucesso essa delegação. E até pelo porto estar encravado no seio da cidade, por toda relação porto-cidade ser importantíssima a autoridade portuária pública se manter municipal.

DIARINHO – Há moradores aguardando cirurgias eletivas desde 2017; há esperas por consultas e exames também. A pandemia agravou esse quadro e não há perspectiva de solução rápida. Qual a sua proposta para a saúde pública de Itajaí?

Robison: Cortar gastos desnecessários e dar prioridade através dos mutirões e parcerias. Nós vamos zerar todas as filas de exames e procedimentos cirúrgicos. Só em ortopedia nós temos 668 pessoas aguardando há mais de um ano e meio por uma cirurgia. Pessoas que estão agonizando. Isso é desumano, isso é desleal quando nós falamos do segundo PIB do estado de Santa Catarina. Nós vamos promover a unificação do gabinete do prefeito e do vice-prefeito. Vamos promover uma economia de R$ 2,5 milhões. Com esse recurso nós vamos atender os 668 itajaienses que estão sofrendo na fila. E vai ser assim com todas as especialidades. Nós já apresentamos inclusive, no nosso programa de TV, todas as reduções, todos os gastos desnecessários que nós iremos cortar para atender as pessoas que estão sofrendo nas filas da saúde.

Volnei: Estamos recompondo agora. Mais de 400 servidores da saúde ficaram afastados em função da covid, por causa da idade ou por comorbidades. Agora estamos progressivamente recompondo essa normalidade da saúde, através de mutirões. É uma programação feita, tem profissionais que terão que ser repostos também, através de concursos públicos, de demandas que serão executadas. Mas, principalmente, nessa fase agora da covid, que nós já poderemos aos poucos ir recompondo, inclusive os mutirões. Mutirões de exames, mutirões de consultas e de cirurgias.

DIARINHO – O transporte público é uma das principais queixas dos itajaienses. Faz três anos que o serviço é prestado através de um contrato emergencial e o edital para a nova concessão ainda não foi lançado. Qual a sua proposta pro transporte coletivo?

Robison Coelho: Houve um direcionamento para essa empresa. Inclusive foi apurado por CPI, com votos de vereadores governistas que reconheceram esse direcionamento que foi feito. Eu não tenho compromisso com empresa alguma. Eu tenho compromisso de atender bem o itajaiense. Nós vamos fazer o processo licitatório logo no início do governo e vamos liderar um movimento regional com os demais prefeitos da região para que possamos fazer um transporte integrado. A Transpiedade recebeu quase R$ 20 milhões a título de subsídios. Quase meio milhão de reais por mês. Foi uma vergonha. A empresa anterior pediu R$ 350 mil de subsídios e o prefeito não deu. E deu R$ 500 mil pra Transpiedade, sem contar que essa empresa não poderia nem participar de um processo licitatório porque atrasou o pagamento dos funcionários, com a questão, por exemplo, do recolhimento do FGTS. É ilegal a forma como estão atuando. E nó vamos moralizar o transporte público em Itajaí para que as pessoas possam ser atendidas.

Volnei: A zero hora de primeiro de agosto de 2017, a empresa que estava aqui há 53 anos foi embora. Nós então conversamos com inúmeras empresas, no final quem atendeu foi a Transpiedade. E desde então está nos atendendo em caráter emergencial. Nós concluímos há alguns meses aquele estudo feito pelo LabTrans e nossa equipe. Com esse estudo, nós elaboramos um pré-edital. Esse edital teve que ir pro Tribunal de Contas. Ele foi e voltou várias vezes até que ele foi liberado pelo Tribunal de Contas recentemente. Estamos fazendo os últimos ajustes e encaminhamentos para em breve publicar o edital. E aí vamos rezar a Deus para que venham muitas empresas participar dessa concorrência. Porque temos um projeto muito interessante, moderno, de linhas troncos, de linhas alimentadoras, de linhas circulares. Muita modernidade no sistema de transporte para superar de vez essa condição emergencial para que se atenda as necessidades da população.

DIARINHO – Os comerciantes da rua Hercílio Luz se queixam da perda de importância da via. Cobram soluções do poder público. Qual a sua proposta para a via de comércio mais tradicional de Itajaí?

Robison: Os comerciantes da Hercílio Luz sofrem com o descaso da falta de revitalização, e foi um compromisso não cumprido do atual prefeito. Também sofrem com o descaso do transporte público, tanto intermunicipal como local, que trazia as pessoas dos bairros mais afastados para as regiões centrais para fazer compras. Nós vamos primeiro ouvir as entidades, nós vamos participar junto com CDL, Associação Comercial, definir o melhor modelo. E vamos fazer, definitivamente, a revitalização da Hercílio Luz e de todas as vias de comércio da cidade. São mais empregos gerados, mais recursos entrando no caixa da prefeitura.

Volnei: Nós já fizemos muitas reuniões com os comerciantes da Hercílio Luz e, muitas vezes, não há um consenso. Temos reuniões com a equipe de técnicos, de arquitetos, incluindo o Dalmo Vieira Filho, que coordena o plano diretor, para também participar dessas nossas discussões junto com a Associação Empresarial, o CDL, a Associação dos comerciantes da própria rua Hercílio Luz. Uma discussão é se haveria uma pista de circulação de veículos ou não. Chegamos no consenso de manter o calçadão. Toda uma revitalização que está sendo desenhada, sendo feito o projeto executivo para no ano que vem, definitivamente, fazer a revitalização. Mantido o calçadão, disciplinar toda essa parte da publicidade, decoração, mobiliário. Vamos também criar alguns incentivos especiais para que, provavelmente, alguma legislação específica, para a rua Hercílio Luz. Pra quem investir ali, comércio, restaurantes, bares e outras atividades comerciais, possa atrair mais pessoas. Da mesma maneira que vamos fazer a rua Tijucas, fizemos a praça da Matriz, vamos fazer a rua Hercílio Luz com uma praça Marco Zero. Depois lá no mercado, revitalizando toda a Beira Rio. Estamos dando a ordem de serviço da rua Pedro Ferreira também. Todo esse núcleo central será revitalizado. Tem várias propostas de incremento das atividades culturais, artísticas, de turismo.

DIARINHO – Itajaí adotou a prática de contratar vagas em creches privadas para atender a fila de espera. A medida é imediatista e impede que o poder público decida sobre a infraestrutura, diretrizes de ensino, merenda, treinamento. Tudo passa a ser responsabilidade da iniciativa privada. Qual a sua proposta?

Robison: Nós vamos construir novas unidades de ensino. Mas ao mesmo tempo vamos manter as parcerias com as instituições privadas. Mas logicamente que deve ter a padronização e a fiscalização da secretaria de Educação. A secretaria de Educação tem que fiscalizar todas as unidades privadas.

Volnei: Vamos manter, foi uma inovação positiva, o resultado é muito bom. É lógico que o poder público jamais vai abandonar o seu plano de implementação de incremento, de criação de novos centros de educação infantil. Reformando e ampliando, como nós fizemos durante esses quatro anos. Mais de 60 unidades de educação infantil e de escolas de ensino fundamental foram reformadas. Nós aumentamos as vagas naturalmente, construindo novas unidades. Isso sempre vamos ter. Mas de forma complementar nós vamos continuar comprando vagas na iniciativa privada.

DIARINHO – Os projetos para parques e espaços públicos de lazer continuam só no papel. Apesar de rica e próspera, a cidade não proporciona espaços públicos para o convívio da comunidade. Qual sua proposta?

Robison:  Primeiro é dar prioridade às pessoas. Nessa gestão atual, por exemplo, eles priorizaram uma praça que já era bonita, a da Matriz, que custou quase R$ 4 milhões. Olha quanto nós poderíamos fazer nos bairros da cidade. Eu, por exemplo, visitei o Portal.  O Portal não tem uma praça. Quer dizer, o investimento não foi adequado. Nós vamos levar esse investimento nas praças, também em parceria com a iniciativa privada, pros bairros mais afastados das regiões centrais.

Volnei: Quando fui vereador, no final da década de 80 pra 90, eu subia na tribuna para dizer que Itajaí não tinha praças. Tinha pouquíssimas praças e não tinha uma praça sequer com parque infantil. Desde que eu fui prefeito, na primeira vez, inúmeras praças foram criadas, praças com equipamentos esportivos e parques infantis. Hoje não tem uma unidade de ensino, uma escola, um centro de educação infantil que não tenha um parque. Nós temos aprimorado, nós construímos agora a praça do Santa Regina, que é uma big de uma obra lá na comunidade. Toda a praça da Matriz revitalizada. E várias praças revitalizadas. E nós temos outras propostas, como o antigo Correios, onde hoje há uma área que possivelmente pode ser uma nova praça, uma área de convivência que não seja simplesmente uma construção civil. Ali onde é o Centro de Eventos e a Marina, que seria o terreno para construir a sede da polícia Federal. A prefeitura comprou um outro edifício que serviu para sediar a polícia Federal e ali vai ser um parque ecológico municipal. Nós estamos revitalizando os caminhos de Xinxiang. Revitalizamos todos os molhes da Barra, melhorando a iluminação.

DIARINHO - Os índices da covid voltaram a preocupar. Até que uma vacina proporcione imunização em massa, a pandemia será uma ameaça. Qual a sua proposta para proteger os itajaienses?

Robison:  O cuidado e o trabalho preventivo têm que continuar nas unidades básicas de saúde. Esse é o nosso compromisso. Houve muita politização aqui em Itajaí com relação a covid. Quer dizer, houve um investimento muito alto, mas Itajaí foi a cidade com o maior número de mortes na região. As coisas não estão fechando. Pelo investimento que foi feito nós não poderíamos ter tido tantas mortes. Os investimentos não foram feitos de forma adequada. Nossa intenção não é fechar o comércio, é dar sequência nas atividades comerciais.

Volnei: Primeiro todas aquelas medidas não farmacológicas: isolamento social para quem pode, para quem deve fazer; uso de máscara sempre obrigatório. A questão do distanciamento social, a questão dos testes, a questão daquelas restrições que têm que ser obedecidas. Por outro lado, nós nunca paramos de buscar a infraestrutura hospitalar e de enfermaria. Hoje temos 70 leitos de UTI. Desejo que ninguém precise chegar a um leito de UTI, mas não faltará na cidade. Nos diferenciamos no Brasil, desde o protocolo da cânfora, homeopatia, que tem base científica, desde a ivermectina, que agora o próprio Food and Drugs Administration (FDA), dos Estados Unidos, reconheceu e registrou a ivercmectina com a função antiviral. A questão da própria hidroxicloroquina ou cloroquina. Nós temos quatro protocolos à disposição. Não quer dizer que se tomar ivermectina, por exemplo,  se  está protegido de tal forma que não precise ter os outros cuidados. Uma coisa não exclui a outra. Tem que continuar com todos os cuidados, mas eu recomendo que a ivermectina seja tomada de acordo com a tabela do peso de 15 em 15 dias, preventivamente. Nós temos tudo isso à disposição da comunidade e outros protocolos na rede pública também.

DIARINHO – O senhor é jovem, tem uma carreira recente na política e tem se anunciado como uma possibilidade de renovação na administração pública. Porém, seus opositores o acusam de ser, na verdade, manipulado por algumas famílias tradicionais e poderosas que sempre fizeram oposição ao atual prefeito. Outro traço da sua chapa é o apoio de grupos ligados ao fundamentalismo religioso. Esses ingredientes não travam seu discurso de ser um representante genuíno “da nova política”?

Robison: Eu respeito muito o passado, mas não tenho compromisso nenhum com pessoas que fizeram parte da política no passado. Meu compromisso é com o futuro. A nossa aliança foi formada por pessoas de bem, por pessoas que lutaram junto: Pegorini, Rubens Angioletti, Anna Carolina, Beto Cunha, o Otto, o Lapa, o Níkolas Reis. Trabalhamos em conjunto desde 2017. Foi esse grupo que impediu a vinda da “carga de soja” para Itajaí. Foi esse grupo que impediu um terminal de combustível que ia acabar com muitos empregos e atender apenas o interesse de algumas pessoas ligadas ao prefeito. Os oito vereadores que votaram contra o aumento do IPTU estão na nossa coligação. Foi esse grupo que lutava contra os repasses milionários à Transpiedade, contra os repasses milionários à Itajaí Participação. Esse grupo lutou contra a vinda de um presídio de segurança máxima para Itajaí, que era interesse do atual prefeito. As coisas que têm aprovação da sociedade nós vamos dar continuidade. Mas tem muita coisa para nós ajustarmos.

DIARINHO – Esse foi o ano mais desafiador do seu governo. Polêmicas com Iniciativas de combate à covid sem comprovação científica, cidade sem transporte público por meses e a recente crise de abastecimento. A pandemia de covid ainda não acabou, o edital do transporte coletivo não foi lançado e o problema do sal na água foi resolvido emergencialmente. Porque os itajaienses devem acreditar que o senhor dará conta de resolver os problemas da cidade?

Volnei: Se eu já resolvi em outras oportunidades, vou resolver agora também. No caso da covid, a homeopatia, a ivermectina, a hidroxicloroquina e o ozônio todos têm base científica. O que está por trás disso é um “cabo de guerra” entre a indústria da doença e a indústria da saúde. Aos que não querem reconhecer que essas conquistas da humanidade possam estar a serviço da população e querem lucrar com a doença, em cima da morte. No caso da água, nós já superamos. Em 2007 eu construí, inaugurei a barragem e durante 13 anos ninguém mais ouviu falar de água salgada. Agora teve, inesperadamente, de uma forma muito suspeita, e nós estamos investigando a causa, uma verdadeira cratera de seis metros de profundidade abaixo do nível do rio, abaixo da comporta. Mas já corrigimos o problema... Temos fôlego e temos crédito da população. Como eu resolvi o problema do sal uma vez, resolvi de novo e vou resolver os outros problemas da água. O transporte coletivo, que teve que ser em caráter emergencial até aqui, estamos com tudo pronto para ter um sistema novo.

 

 

 

 

 

 




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