Itajaí
Desmatamento do Guarani avança na Brava e cria clareira às margens da lagoa do Cassino
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

O desmatamento nos fundos da sociedade Guarani, na Praia Brava, em Itajaí, avançou nessa semana, conforme imagens feitas por vizinhos, que questionam a autorização de corte dada instituto Itajaí Sustentável (Inis). A retirada da vegetação foi liberada numa área de 13 mil metros quadrados, às margens do ribeirão da Lagoa do Cassino. Uma clareira já se formou no local e caminhões foram vistos retirando os troncos de árvores cortadas. O caso já foi denunciado pela associação de Moradores da Praia Brava ao ministério Público, que abriu procedimento pra apurar se há irregularidades na liberação do município. Associação defende que o local tinha vegetação remanescente da Mata Atlântica e que só o instituto do Meio Ambiente (IMA), órgão ambiental do governo do estado, poderia dar a autorização. Já o Inis diz que tem convênio com o estado pra fazer o licenciamento. No meio da disputa, uma nova denúncia aponta que a empresa responsável pelo projeto ambiental da obra seria de um associado ao clube. O instituto ambiental de Itajaí não respondeu ser haveria alguma irregularidade nessa relação. A 10ª promotoria de Justiça de Itajaí investiga a denúncia da associação quanto ao desmatamento em processo aberto no começo de outubro. Desde o final do ano passado, um inquérito civil já apura supostas irregularidades na intervenção da área pertencente ao clube. A promotoria pede esclarecimentos ao órgão ambiental de Itajaí e nova fiscalização no local. O instituto já respondeu que o empreendimento tem autorização de corte, mas o promotor espera mais explicações. Para a associação, o caso de desmatamento agrava a situação de degradação ambiental na praia Brava, que aguarda a implantação do parque Municipal Canto do Morcego, parque Linear Ribeirão Cassino da Lagoa e da área de Proteção Ambiental (APA) da Orla.