Itajaí
Portonave comemora 13 anos de operação anunciando linha exclusiva à América Central e Caribe
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
A quarta-feira foi de comemorações e novidades na Portonave, em Navegantes. No dia em que a empresa comemora 13 anos de operação na região, conquistou uma nova rota de navios. A partir da madrugada do próximo sábado, o navio Mandalay, que faz parte do serviço Brasex 2, começa a atracar no porto de Navegantes. Com destino à América Central e Caribe, a linha é do armador CMA CGM, que tem sede na França. O novo serviço será semanal, com única escala no sul do país através da Portonave. A rota compreende os portos de Kingston (Jamaica), Port of Spain (Trinidade e Tobago), Vitória, Santos, Navegantes, Vila do Conde, Caucedo (República Dominicana) e San Juan (Porto Rico). O porto de Kingston tem função de hub port com conexões para Ásia, Europa e América do Norte. O novo serviço contará com cinco navios dedicados. As embarcações têm cerca de 189m de comprimento por 30,4m de largura e capacidade para 2.300 TEUs, ou seja, contêiner de 20 pés. Nesta linha, as principais cargas para exportação são madeira, alimentos e cerâmica. Pra importação, as principais cargas são plásticos e seus derivados, produtos químicos, alumínio e derivados. Com este serviço, o terminal soma nove linhas para cinco continentes. Além da nova CMA CGM com a linha GS1, UCLA, a Portonave tem serviços para a Ásia: ESA, Ipanema, SSA; para Europa: NWC, WMed; para os Estados Unidos com a USA1. Mais de uma década de crescimento Nos 13 anos de operação, a Portonave manteve investimentos, mesmo em momentos de crise de saúde pública, como neste ano de 2020 marcado pela pandemia mundial da covid-19. Em setembro, a Portonave adquiriu 25 novas Terminals Tractors – carretas reforçadas exclusivas para a movimentação de contêineres dentro do porto – e duas empilhadeiras movidas a bateria de lítio. O Terminal investiu R$ 16,6 milhões na compra. O terminal opera com grandes navios, desde a entrega da primeira fase da nova Bacia de Evolução do complexo Portuário de Itajaí e Navegantes. Em maio, ocorreu a atracação do primeiro gigante – do armador Evergreen, o Ever Laurel, medindo 334,9 metros de comprimento e 45,8 metros de largura (boca). Em junho, recebeu o maior navio que já navegou na Costa Brasileira, o APL Paris, de 347 metros. O porto já operou mais de 40 escalas de gigantes com a nova Bacia. “Isso nos deixa na mesma condição outros grandes portos do país. Não temos limitação quando comparamos com outros portos e estamos avançados nesse tamanho de navios homologados. Não existem navios maiores que estes que operamos frequentando a costa brasileira”, pontua o superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas. Castilho frisa a importância da segunda fase da bacia de evolução para o complexo seguir competitivo e se manter alinhado com as tendências dos armadores mundiais. “A tendência dos armadores é de continuar crescendo. Nós precisamos ter condições aqui no complexo de chegar até os navios de 400 metros, que é a perspectiva para os próximos anos. Temos condições de continuar crescendo, atendendo o atual tamanho dos navios, mas o segmento portuário precisa sempre estar se antecipando porque são obras que tem o seu tempo a acontecer. Precisamos estar atualizados para nos antecipar a esse movimento dos armadores, para sermos competitivos”, pontua. A segunda fase da bacia de evolução está projetada e licenciada ambientalmente, mas não há previsão do início dos trabalhos. Há previsão de investimentos da União de aproximadamente R$ 250 milhões, previstos no Plano Plurianual (PPA - Ministério da Infraestrutura) de 2020 a 2023.