Apesar de o número de regiões em estado grave ou alto continuar os mesmos, a situação piorou na região de Lages, que subiu de alto pra grave. Já nas cidades do Alto Vale do Itajaí, o quadro mudou de grave pra alto.
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A classificação leva em conta as mudanças nos critérios de avaliação adotadas há duas semanas. Entre os itens que deixaram de ser considerados está o índice de isolamento social e a taxa de ocupação de UTIs enquanto estiverem abaixo de 60%.
Na região de Itajaí, são 27.677 casos de coronavírus e 466 mortes pela doença registrados até quarta-feira. Segundo o balanço da coordenadoria Regional de Defesa Civil, entre 5 e 11 de outubro o número de infectados subiu 1,6% e as mortes aumentaram em 1,7% na região.
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O boletim de monitoramento da covid no estado feito pela UFSC alerta que a média móvel de casos em Santa Catarina voltou a crescer este mês, indicando uma reversão da tendência de queda de infectados registrada no final de setembro. Em apenas oito dias, houve um aumento de 14% na média diária, subindo de 935 pra 1068 casos.
O estudo mostra que a doença continua se espalhando pelo estado, embora em ritmo diferente em cada região. O grau de contaminação ainda segue alto em Itajaí e Balneário Camboriú, porém em ritmo menor que outras cidades, como Florianópolis e Joinville, com as maiores taxas de contágio no Estado.
Itajaí segue como a segunda cidade catarinense com maior número de mortes, atrás de Joinville que tem quase o dobro de casos. Segundo o boletim, medidas de controle ainda são necessárias pra frear o avanço da doença. “Ainda não é hora de relaxar com as medidas de prevenção porque o novo coronavírus continua em circulação no estado”, conclui o relatório.
Estado promete normas mais rígidas e mais fiscalização
A mudança no mapa de risco e os últimos boletins de monitoramento ainda não trazem o reflexo do feriadão do dia 12, que foi de praias lotadas e descumprimento de medidas preventivas na região, mesmo com as restrições de circulação ainda vigentes.
O governo do estado informou essa semana que discute medidas legais e normas mais rígidas contra as “aglomerações imprudentes” percebidas no final de semana e no feriado de 12 de outubro.
“Vamos aumentar a fiscalização e a vigilância de todos os regramentos e portarias construídas, junto aos gestores municipais”, afirmou o secretário estadual de Saúde, André Motta Ribeiro, frisando que a população também precisa cooperar. “Estamos estruturando algumas campanhas de conscientização, pois em qualquer cenário é preciso que o povo catarinense faça também a sua parte”, disse.
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O decreto de calamidade pública em Santa Catarina foi prorrogado na quarta-feira, com validade até 31 de dezembro. Com a decisão, seguem obrigatórias as medidas e restrições de combate ao coronavírus. A estrutura hospitalar de leitos de UTI exclusivos pra covid também fica mantida.
O estado adiantou que vai recorrer da decisão da justiça que liberou a programação noturna da Oktoberfest no parque Beto Carrero, em Penha, aos finais de semana. O entendimento é que o evento gera aglomeração e contraria as normas sanitárias. Medidas restritivas seriam reforçadas pelo estado junto a Penha.