Itajaí

Estado lança regras pra retomada das aulas presenciais; prefeituras analisam como será o retorno na região de Itajaí

As aulas presenciais das redes pública e privada poderão ser retomadas nas regiões com risco moderado ou alto para covid-19. São cinco regiões atualmente nessa classificação, incluindo a Foz do Rio Itajaí. As cidades da região estão discutindo como será a volta nas redes municipais. Pra liberação, as prefeituras precisam ter aprovado o plano de Contingência Escolar junto aos comitês municipais de enfrentamento da pandemia. Nas áreas do estado ainda em situação grave, estão liberadas apenas atividades de reforço pedagógico com atendimento individual. As regras pra volta das aulas presenciais foram lançadas na terça-feira, em portaria das secretarias estaduais de Saúde e de Educação. De acordo com o estado, a volta deve ser gradativa, começando pelos estudantes do 3º ano do ensino Médio, com intervalo de sete dias para o retorno de alunos de outro ano e considerando a evolução do contágio a cada semana. Nas escolas sem ensino Médio, as aulas devem reiniciar pelas séries mais altas do nível fundamental. Para as creches, ainda não há previsão de retorno. Também terão prioridade no retorno os alunos que, durante a suspensão das aulas, não tiveram acesso às atividades online. Os pais poderão decidir não mandar os filhos pra escola, optando em continuar com o modelo não presencial, devendo para isso assinar um termo de responsabilidade. O secretário estadual de Saúde, André Motta Ribeiro, destacou que a liberação na Educação foi discutida amplamente com diversas entidades. “É uma retomada gradual e com responsabilidade e regramentos, como temos feito com todas as atividades até aqui”, afirma. Conforme a secretaria estadual de Educação, as aulas e atividades online vão continuar até o final do ano letivo. O retorno das aulas presenciais nas escolas estaduais é previsto apenas como reforço escolar para alunos com maiores dificuldades de aprendizado. A previsão é que 136 mil dos 524 mil estudantes da rede estadual voltem às aulas. Num primeiro momento, seriam 12 mil alunos do 3º ano. As regras da portaria estão valendo de imediato, mas as escolas estão se organizando pra retomada a partir da semana que vem. Na rede estadual, os professores devem voltar na terça-feira, dia 13, com previsão de os alunos retornarem em 19 de outubro. Nas redes municipal e particular, as escolas têm autonomia pra definir o próprio modelo de retomada, desde que cumpram as regras sanitárias do plano de contingência escolar. Sindicatos divergem O plano de retomada das aulas é contestado pelos sindicatos das escolas particulares e dos professores. O Sinepe-SC, que reúne escolas privadas, não concorda com o modelo de volta gradual a partir dos anos finais e por regiões, conforme o mapa de risco. A entidade defende o retorno sem essas restrições e com a liberação também das creches. Já o sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) é contra o retorno por entender que ainda não há condições de segurança pra retomada. “Os casos de óbitos crescerão absurdamente se as aulas retornarem sem o controle da pandemia”, alerta uma campanha da entidade, que reúne professores da rede pública. A categoria discute fazer uma paralisação. De acordo com Adércia Hostin, presidente do sindicato dos Professores de Itajaí e Região (Sinpro), que representa os educadores da rede particular, a entidade também não concorda com o retorno. “Independentemente de qualquer coisa, nós estamos no meio da pandemia”, destaca. Ela informa que vai encaminhar pedido a todos os prefeitos da região pra que as aulas presenciais não sejam retomadas no momento. Adércia avalia que a volta agora, quando o ano letivo está quase terminando, é desnecessária e coloca em risco a comunidade escolar. Com base em estudos da Fiocruz, o sindicato considera o nível de contágio que pode ocorrer nas escolas. “Enquanto um adulto fica 15 dias com o vírus, uma criança, mesmo assintomática, é um polo transmissor durante 30 dias”, afirma. Normas contra aglomeração nos refeitórios e no transporte Além de normas de distanciamento em sala, limpeza de alimentos, higienização das mãos e uso de máscaras, a portaria traz regras de funcionamento nos refeitórios e para o transporte escolar. Os refeitórios deverão abrir em horário alternados pra evitar aglomerações, terão limite de ocupação até um terço da capacidade e precisam ser organizados com mesas e cadeiras pra garantir o afastamento entre alunos. Para o transporte escolar, deve ficar um assento vazio entre os passageiros em carros, vans ou Kombi. Em micro-ônibus ou ônibus, a ocupação será alternada entre os bancos e não pode ter passageiro em pé. O mesmo assento deve ser ocupado pelo passageiro todos os dias. Os alunos devem manter distanciamento nas filas de embarque e desembarque e terão a temperatura medida antes de entrar no ônibus. Os motoristas e monitores devem usar máscara e escudo facial (face shield) e os responsáveis pelos veículos precisam limpar a parte interna do carro ao menos uma vez por dia. Situações de sintomas suspeitos devem ser avisadas aos pais e à direção da escola.



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