Os irmãos Reinaldo e Adriana de Oliveira estavam no ginásio de esportes, onde funciona o centro de triagem, com suspeita de coronavírus. “Me chamaram para iniciar o cadastro para encaminhar ao médico. Eram três mulheres e um homem, um técnico enfermagem. Ao iniciar o atendimento, a menina não conseguiu achar o cadastro no sistema e foi aí que tudo iniciou”, narra Reinaldo.
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Reinaldo informou que já tinha sido atendido em uma unidade de saúde do bairro São Paulo, onde teria feito o cadastro. “O técnico de enfermagem estava insinuando que eu estava mentindo, alegando que nunca havia me visto na unidade de saúde. Eu falei que estranho e ele falou que não iria me atender sem o cartão do SUS”, conta.
Reinaldo sugeriu que o cadastro fosse acessado através do nome da mãe. “A atendente puxou e constavam os atendimentos aos meus irmãos. Foi aí que eu falei que tinha alguma coisa errada. Esse funcionário se tornou agressivo e usou palavras ofensivas, de baixo calão... Eu falei que iria relatar o acontecido à subsecretária e até mesmo para prefeito”, relata o denunciante.
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O técnico teria xingado, mandado o “paciente e o prefeito para aquele lugar”. “Começou a me ofender, até partiu para cima, para me agredir fisicamente, mas uma colega de trabalho segurou ele”, conta.
O técnico de enfermagem teria mandado Reinaldo embora e determinou que ele não fosse mais atendido. “Ele continuou me insultando e querendo me agredir. Eu comecei a gravar um vídeo, até mesmo para minha proteção, e pra ter provas do que estou relatando”, conta.
Reinaldo diz que ficou inconformado com a conduta do servidor. “Um funcionário público, que presta assistência ao cidadão não pode ter uma postura tão agressiva e ofensiva. Não tem preparo nenhum, profissionalismo, só mostra que a comunidade sofre com esse tipo de pessoa servindo ao município”, comenta.
Reinaldo ficou tão abalado que diz que desistiu do teste de covid. “Utilizou sua função para me humilhar”, conclui. Ele diz que ligou à secretária de Saúde e denunciou o caso à ouvidoria do município.
A secretária de Saúde, Claudete Hermogenes, confirma que recebeu a ligação de Reinaldo relatando o acontecido no ginásio de esportes. “Ele estava sem documento e houve um atrito no local. Ele me ligou e eu orientei a fazer uma reclamação na ouvidoria do município”, explicou. Reinaldo fez a denúncia e um processo administrativo disciplinar foi aberto para apurar a denúncia.