Itajaí

Itajaí quer liberar pequenos eventos

Prefeitura cobra do governo do estado mudança na classificação de risco pra que atividades do setor sejam retomadas gradualmente

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prefeitura de Itajaí cobra do governo do Estado a liberação de pequenos eventos na cidade, permitindo a retomada gradual das atividades do setor, parado há seis meses, desde o início da pandemia. Profissionais da área fazem hoje um protesto em frente à igreja Matriz. Um ofício da prefeitura encaminhado à secretaria de Saúde considera a queda no número de mortes pela doença e na taxa de ocupação de leitos, o que justificaria baixar a classificação de risco de grave para alto na região.

A cobrança do município envolve a liberação de eventos sociais, feiras, exposições, atividades esportivas recreativas, cinemas, teatros e museus, que seriam reabertos respeitando normas sanitárias, com a limitação de público. Entre os pequenos eventos estariam a permissão pra festas de aniversário e casamentos e a reabertura de auditórios de pousadas e hotéis.

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De acordo com secretário de Turismo de Itajaí, Evandro Neiva, já há condições de liberar as atividades. “Aqui em Itajaí, entendemos que há mais de um mês já poderia estar aberta uma parte do setor de eventos. Só que o decreto estadual não nos deixa fazer isso”, critica.

Na semana passada, o Estado lançou uma portaria com regras pro retorno de congressos, concursos públicos, museus, feiras e exposições. Mas a liberação só pode ser feita em locais com risco potencial alto, caso da região do Extremo Oeste. A maior parte do estado ainda está em situação grave, como a região de Itajaí, impedindo novas liberações.

Evandro afirma que o governo estadual não entende do setor de eventos e está sendo omisso com os prestadores de serviços. “O setor todo entende que essa volta tem que ser gradativa, mas ela tem que começar depois de seis meses”, afirma. Segundo o secretário, a liberação é importante agora pra que o movimento chegue perto da normalidade na temporada de verão.

As empresas do setor estão na expectativa da liberação. Carlos Alberto de Borba, sócio da casa Quinta Borba Eventos, no bairro Fazenda, destaca que há condições de as atividades serem retomadas. “Mesmo que seja com capacidade reduzida e com todos os protocolos de segurança”, avalia.

Em razão da pandemia, ele conta que 30 eventos da casa foram transferidos e outros 15 cancelados, a maior parte casamentos. Além dos estabelecimentos, Carlos frisa que os prestadores de serviços, entre cerimonialistas, decoradores e músicos, também estão sendo prejudicados.

A situação do setor foi novamente discutida pelo Convention Bureau de Itajaí em reunião ontem à tarde na secretaria de Turismo. A entidade esperava mudanças na classificação de risco ainda esta semana, mas o grau de risco não mudou pra região de Itajaí na atualização feita na quinta-feira pelo governo do Estado. A secretaria estadual de Saúde não respondeu ao pedido da prefeitura.

Réveillon está indefinido no litoral

Com a retomada de eventos incerta, a programação pra temporada de verão e pra virada de ano na região também fica indefinida. Em Itajaí, a prefeitura quer manter o réveillon na Beira Rio, como no ano passado, quando a festa foi retomada num formato familiar e sustentável, com fogos sem barulho.

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O secretário Evandro Neiva ressaltou a intenção de fazer a festa, mas frisou que o evento não está garantido. “Não temos ainda como medir isso. Estamos avaliando a cada semana e, se tivermos condições, gostaríamos de realizá-lo”, considerou.

Em Balneário Camboriú, o secretário de Turismo,  Valdir Walendowsky, reforçou que tudo está dependendo dos decretos do governo do estado e como o município vai se adequar pra garantir a saúde das pessoas. Valdir afirma que a cidade vai ter alguma programação. “Vamos fazer o melhor possível, dentro das restrições impostas”, comenta.

Ele destacou que há expectativa de que a cidade seja ainda mais procurada, considerando a situação em outros estados e países e com o foco mais regional no turismo.

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Grupos farão protestos nesta sexta

Protestos pelo retorno do setor de eventos e da cultura foram marcados pra hoje, às 14h, em frente da igreja Matriz de Itajaí, e na igreja Matriz de Camboriú, às 15 horas.

Estão sendo convocados profissionais que dependem diretamente da realização de eventos, como DJs, fotógrafos, garçons, seguranças, decoradores, donos de casas de festas e cerimonialistas.

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O grupo responsável pela mobilização, com pessoas de vários segmentos do setor,  reivindica o “direito de trabalhar” após mais de 200 dias sem poder exercer a profissão. A organização anunciou que o protesto será pacífico e vai seguir os protocolos de prevenção à covid-19.

Ao menos por mais uma semana não estão previstas novas liberações em Itajaí. As restrições serão prorrogadas até o dia 30, quando a situação será reavaliada conforme o grau de risco pra região. O novo decreto seria publicado ainda na quinta-feira pela prefeitura.

Com isso, os eventos seguem proibidos e ficam fechados casas noturnas, cinemas, teatros, museus, parques e praças. Balneário informou que também vai manter as medidas, com mudanças só quando a região trocar a avaliação de risco. O atual decreto de BC não tem prazo determinado e segue valendo.

Para o professor da Univali, Raphael Nunes Bueno, especialista em Saúde Pública, a flexibilização preocupa porque há propostas também pra reabertura de escolas, atividades físicas e comércios.

“Epidemiologicamente falando, não dá pra dizer que a gente entrou em imunidade de rebanho. O vírus está circulando, então a gente pode ainda ter, e até tem previsão de outros estudos, de picos em novembro, como resultado já dessa abertura de algumas atividades”, observa.

Diante da possibilidade de uma segunda onda de contágio, Raphael destaca que será preciso bom senso e uma discussão grande dos órgãos de saúde com outros setores sobre a flexibilização.



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