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Berlim chegou a ficar desaparecido por algumas horas, mas foi encontrado no morro do Careca. Orelha não teve a mesma sorte.

Berlim chegou a ficar desaparecido por algumas horas, mas foi encontrado no morro do Careca. Orelha não teve a mesma sorte.

Dani Dumke, 32 anos, professora de educação física e moradora da avenida Carlos Drumond de Andrade, era uma das moradoras que cuidava de Orelha desde o ano passado. Ela conta que o cão foi encontrado agonizando na praia. Ela chegou a levá-lo ao veterinário, mas ele morreu a caminho.

Dani acredita que alguém envenenou Orelha porque ele era muito maroto. “Eu me apaixonei. Castrei ele no meio do ano, coloquei a plaquinha de cão comunitário e muita gente amava Orelha. Ele era muito moleque e muito gostoso, mas tinha gente que não gostava”, explica.

A professora revela que pessoas já tinham ameaçado o cachorro de morte. A veterinária contou pra Dani que o veneno usado foi forte e teve efeito rápido.

Dani vai cremar o corpo do amigão de quatro patas e registrar um boletim de ocorrência para que o crime seja investigado. Ela também está organizando um protesto para esta quinta-feira. A partir das 15h, ela jogará as cinzas de Orelha no mar como uma homenagem ao cão comunitário.

Logo em seguida será feita uma manifestação para chamar a atenção das pessoas contra o envenenamento de animais. “Não é o primeiro que envenenaram na praia Brava. Quero que as pessoas se conscientizem do que estão fazendo”, explicou. Maltratar ou matar animais é crime ambiental e pode até dar cadeia.