Itajaí
Estudo investiga caso de pessoa contaminada duas vezes pela covid
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Um estudo da Universidade de São Paulo (USP), conduzido pela faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, confirmou a possibilidade de uma pessoa se recontaminar pela covid-19. O estudo trouxe os dados de uma técnica de enfermagem de 24 anos, que testou positivo para o coronavírus duas vezes num intervalo de dois meses. A pesquisa foi divulgada pela assessoria do hospital das Clínicas na quarta-feira. A paciente ainda se queixa de sintomas de sinusite e de dor de cabeça, que surgiram após a segunda contaminação. Em quatro de maio, a jovem teve contato com um colega de trabalho positivado. Após dois dias, ela também começou a apresentar os sintomas, como febre, congestão nasal, dores de cabeça e de garganta. Ela fez o teste RT-PCR, aquele que coleta secreção do nariz e garganta, e o resultado negativo saiu no dia 8 de maio. Os sintomas persistiram e ela passou por novo teste. No dia 13 de maio, o resultado foi positivo. Ela fez a quarentena e logo pode voltar a trabalhar. No entanto, no dia 27 de junho, ela voltou a apresentar sintomas da doença. No dia 2 de julho, a enfermeira fez o teste RT-PCR e o resultado foi positivo novamente. Outros dois parentes dela também testaram positivo. A descoberta de recontaminação, segundo o estudo, traz implicações clínicas e epidemiológicas que precisam ser analisadas com cuidado pelas autoridades em saúde pública. Raphael Nunes Bueno, especialista em saúde pública, explica que com a confirmação de recontaminação as autoridades sanitárias precisam aumentar a testagem em massa da população, manter medidas de higiene e proteção e reforçar o distanciamento social. Todas as medidas devem ser feitas até que a vacina para a doença esteja aprovada, e que se tenha protocolos definitivos de combate à doença. Por enquanto, não é possível aferir como o vírus se comporta e a possibilidade de ele ser mais agressivo em novas contaminações.