Itajaí
Paulinha fica na liderança mesmo contra o PDT
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Quem aguardava por um recuo da deputada Paulinha da Silva para assumir a liderança do governo na Assembleia, principalmente pela repercussão que o caso teve junto ao PDT estadual, percebeu na manifestação dela à tribuna, na terça, que nada mudou desde o convite feito por Carlos Moisés da Silva na última sexta nem mesmo após o ultimato dado pela executiva do partido, que deu prazo de 24 horas para ela renunciar ao posto. Paulinha fez uma forte manifestação, defendeu as realizações de Moisés e fez até elogios ao ex-governador Raimundo Colombo (PSD), para separar o que é ideológico e programático do que significará estar à frente das demandas do Executivo no parlamento. As maiores críticas dos brizolistas estão na relação com Moisés, eleito na esteira da onda provocada por Jair Bolsonaro, uma clássica divisão entre direita e esquerda, no caso os extremos. Da Assembleia, Paulinha e o colega Rodrigo Minotto, 2º vice-presidente da casa, seguiram para o diretório do PDT para debater o assunto, sem demonstrar que estivessem dispostos a romper com a proximidade de Moisés, com quem têm votado. Indignada A deputada, que tem 20 anos de PDT, é uma militante do partido, disse que recebeu com naturalidade a nota oficial, espalhada à imprensa antes do conhecimento dela, e que isso mostra a disputa de egos dentro da sigla. Para Paulinha, o que incomoda “gente de dentro do PDT” é que não houve negociação, não se sentou à mesa para discutir cargos no governo, algo que o governador jamais ofereceu. Confiante Disposta ao enfrentamento, a deputada considera que o ão tem nada a provar contra a postura dela que leve à perda dos direitos partidários ou a um processo de infidelidade partidária ou à expulsão.Lembra também que o diálogo é uma poderosa arma para resolver eventuais erros na condução por Moisés junto à sociedade e que ninguém ignora a postura progressista do governador. Bate-rebate A deputada Ana Carolina Campagnolo (PSL), que fez as contumazes críticas ao governador Carlos Moisés da Silva, à tribuna da Assembleia, nesta terça (18), apresentou um vídeo em que uma pré-candidata a vereadora pelo PDT de Blumenau dança funk com os alunos e usou o fato para criticar o partido da nova líder do governo, não esperava pela resposta do deputado Rodrigo Minotto. Ao final do depoimento de Campagnolo, Minotto declarou que assistira ao vídeo e que não gostaria que a colega, ainda pesselista, generalizasse a postura da professora com a de todos os pedetistas, assim como ele não considera todos os integrantes do PSL “milicianos”. Exagero 1 O clima de enfrentamento no PSL entre os que defendem o governador Carlos Moisés da Silva e os que o acusam de ter se afastado dos ideais de Jair Bolsonaro, rumo à Aliança Pelo Brasil, ganhou um novo capítulo com uma notificação extrajudicial que pede a expulsão do deputado Sargento Lima, líder do partido na Assembleia. A base do pedido está em cobranças sobre o repasse de recursos para o Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville, base do parlamentar, e um outdoor em que Lima e deputado Kennedy Nunes (PSD) pedem ações para o município. Exagero 2 Os motivos da notificação disfarçam o que deve ser o real objetivo: neutralizar a ação de Lima em relação aos pedidos de reposição inflacionária da Aprasc, entidade que reagiu quando o governo cancelou a nova rodada de negociações. O deputado do PSL se defende e, além de reafirmar que vota propostas do Executivo, lembra do episódio, quase insólito, em que, no debate sobre a redistribuição do duodécimo entre os poderes, ficou sozinho no apoio ao posicionamento do governador, na Comissão de Constituição e Justiça. TROCA DE BASTÃO Marcada para o dia 31 de março a posse do deputado Daniel Freitas (PSL) na coordenação do Fórum Parlamentar Catarinense. Freitas, estreante na Câmara, substituirá o experiente Rogério Peninha Mendonça (MDB), o que significa que o sistema de rodízio favorecerá a continuidade de quem está alinhado com o presidente Jair Bolsonaro. O Fórum reúne os 16 deputados federais e três senadores.