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A intenção é alertar para o grande número de casos de violência contra a mulher no estado de Santa Catarina.

A intenção é alertar para o grande número de casos de violência contra a mulher no estado de Santa Catarina.

A concentração inicial foi na avenida Atlântica, em frente à rua 2000, por volta das 16h30. De lá, o grupo seguiu em passeata até a praça Almirante Tamandaré.

Os participantes fizeram a caminhada de roupas pretas e erguendo um balão branco como símbolo da paz. Cartazes com mensagens contra o feminicídio e a violência contra mulheres foram levantados. Na praça, houve um ato com minuto de silêncio e depois foi aberto espaço pras mulheres falarem. Num dos momentos, os participantes jogaram rosas brancas sobre os cartazes colocados no chão.

Tem que denunciar

As mulheres lembraram o caso de Lucimara que foi assassinada dentro de casa. Elas acreditam que, se não fosse a negligência dos vizinhos, a advogada poderia ter sido salva. “Ela podia ter sido qualquer uma de nós. Ela podia ter sido qualquer filha nossa. Nós não podemos ser mais negligentes, porque cada vizinho que ouviu aquela briga e não denunciou, não chamou a polícia, é culpado pela morte dessa moça”, discursou Olga Ferreira, presidente do sindicato dos Empregados em Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Balneário Camboriú (Sechobar).

De acordo com a advogada Carla Backs Mansur, presidente da comissão da Mulher Advogada de Balneário, a proposta é organizar outras manifestações e ações junto à comunidade. Bate-papos, palestras e projetos nas escolas estão na lista. “Nós não vamos parar com as ações. É um trabalho de formiguinha”, explica, destacando que as iniciativas precisam ser contínuas.

O protesto foi organizado pela comissão da Mulher Advogada da OAB, de Balneário Camboriú, com o apoio da comissão OAB Por Elas e Caixa de Assistência dos Advogados de Santa Catarina (Caasc).