Os cadeirantes e pessoas com a mobilidade reduzida não conseguem ter acesso à praia em Navegantes. Várias travessias de madeira, que deveriam permitir o acesso do pedestre ao calçadão da avenida Beira-mar até a areia da praia, estão detonadas. O chefe de almoxarifado Realci José Santos Junior, 56 anos, viveu isso na pele no domingo. Ele foi levar a mãe cadeirante até a praia, mas não conseguiu chegar perto do mar. Maria Beatriz Reiser, 78, sempre gostou de praia. Há cinco anos, ela sofreu um AVC e teve a mobilidade comprometida. Agora, usa cadeira de rodas para se locomover pela cidade. No domingo, Realci aproveitou o dia bonito para passear com a mãe pelo calçadão e tentou mostrar o mar para ela. Eles ficaram só na vontade, porque não conseguiram passar pela passarela. Primeiro eles tentaram na saída da rua Antônior Reiser, mas deram de cara com um monte de areia na metade da passarela. A situação se repetiu nas duas passarelas seguintes em direção ao Gravatá. “Parece que só no centro, perto da praça, que se consegue chegar perto da faixa de areia e dá pra ver o mar”, conta. Tirou areia com a pá No ano passado, Realci levou uma pá pra praia e tirou a areia da travessia, mas este ano o problema se repetiu. “Não tem jeito. Perto do centro tem duas passarelas que têm acesso, mas o restante é uma bagunça e também tem a falta de manutenção”, conta. O secretário de Governo, Cassino Weiss, informou que na semana que vem a prefeitura começa a fazer a manutenção nas passarelas ao longo dos 11 quilômetros da orla. A praia tem 23 passarelas. Ontem, Cassino informou que começaram a colocar os deques na parte do calçadão do Gravatá, destruídos pela ressaca. Serão construídas 12 novas rampas de acesso na parte do Gravatá.