Itajaí

BC Port: projeto divide opiniões

Audiência pública foi marcada por cartazes contra a obra, mas a apresentação rolou com tranquilidade na noite de ontem

O povo ocupou boa parte do auditório do Centro de Eventos Itália, na noite de ontem, em Balneário Camboriú, pra discutir o projeto BC Port, que prevê um terminal de transatânticos na Barra Sul. Mais de 350 pessoas marcaram presença na audiência pública, dezenas delas segurando placas e cartazes contra o projeto. O atracadouro receberá transatlânticos e terá estrutura com hotel e shopping. Para controlar qualquer tipo de confusão, a polícia Militar fez segurança dentro e fora do auditório. O projeto tem acirrado os ânimos de ambientalistas, técnicos e moradores da cidade. Entre o público, as opiniões divergem. O promotor de vendas Robson Silva, 32 anos, afirmou ser favorável ao projeto, ao menos a princípio. “O porto será um gerador de empregos e impostos, além de incentivar o turismo”, comenta. Robson tem ressalvas com os impactos ambientais e sociais. Uma das preocupações era saber a destinação dos dejetos gerados pelos navios e da água de lastro, que é captada do mar para garantir a estabilidade das embarcações. “Sou favorável, mas vai depender do que a empresa prometer”, considera, avaliando que, no mais, a obra é moderna e deve ser aprovada. Já o funcionário público Thiago Dobrochinski, 25, é contra o BC Port, principalmente pela questão ambiental. “Balneário Camboriú não comporta um empreendimento desse porte”, argumenta, destacando que o porto prejudicaria a infraestrutura da cidade e afetaria as praias. “Pros turistas vai ser bom, mas pros moradores vai ser péssimo”, avalia. Thiago participou da audiência para conhecer detalhes do projeto. Ele disse que se juntou a um grupo de amigos que faz movimento de oposição ao novo porto. Eles se manifestaram com várias placas criticando a obra. Se na audiência o clima estava tranquilo, antes pegou fogo. Placas convidando para audiência pública foram arrancadas das ruas de Balneário. Representantes da BC Port registraram um boletim de ocorrência sobre o sumiço. Licenciamento pela Fatma A audiência serviu para a Ports Developed By Shiphandlers (PDBS), responsável pelo projeto, apresentar e discutir o estudo de Impacto Ambiental e o relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) com a população. O debate foi coordenado pela fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma) como parte do processo de licenciamento. Na apresentação, o consultor da PDBS, André Guimarães Rodrigues, destacou que a obra teve o “nada a se opor” do Conselho da Cidade, parecer favorável da secretaria de Patrimônio da União (SPU) e habilitação pela agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Ele informou sobre as etapas da implantação, cronograma de obras, compensações ambientais e as instalações previstas. A parte final foi aberta às perguntas do público e aos esclarecimentos dos representantes da empresa. Os técnicos da Fatma vão juntar as informações e sugestões e incluir no processo de licenciamento para estudar a viabilidade ambiental do empreendimento. O órgão ainda pode pedir estudos complementares, bem como mais explicações, antes de se manifestar definitivamente.



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