Itajaí
Autopista fecha acesso pra duas comunidades
Medida não foi divulgada e revoltou moradores
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
A colocação de muretas de proteção metálica no trecho do km 158 da BR-101, onde ficam os acessos ao bairro Sertão de Santa Luzia e à comunidade quilombola Sertão do Valongo, em Porto Belo, tá gerando berreiro por parte de moradores, vereadores e prefeitura. A queixa é que o guard-rail bloqueou a entrada e a saída das localidades, prejudicando os comerciantes da região e tornando o acesso à BR-101 mais arriscado e perigoso. A mureta foi instalada pela Autopista Litoral Sul, empresa que tem a concessão daquela rodovia federal. Na segunda-feira, uma comissão formada por representantes da prefeitura e da Câmara de Vereadores de Porto Belo fez reunião no escritório da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), em Itapema, pra tratar do assunto. Na semana passada, um ofício assinado por vereadores já tinha sido enviado à sede da agência, em Florianópolis, pedindo a retirada da mureta e a colocação de um redutor de velocidade na rodovia para dar mais segurança na entrada e saída de veículos no local. Na reunião em Itapema, os representantes de Porto Belo lembraram que o município não foi consultado sobre o fechamento do acesso pela concessionária, embora tenham participado de diversas reuniões sobre a realização de obras na BR. Contrário à medida, o prefeito Emerson Stein ficou cabreiro com o bloqueio porque a obra foi feita antes de melhorias que a prefeitura vem pedindo há tempo, como a construção de passarelas, que tá na fase de projeto, e das marginais. Hoje, quem precisa atravessar a rodovia tem que se deslocar até Tijucas, conta. “Só poderemos agir dentro de nossos limites após a manifestação deles [ANTT]”, ressalta, destacando que a prefeitura vai continuar cobrando e tá na espera de um parecer da Autopista. Local perigoso Pelas redes sociais, os moradores da região criticaram a obra da Autopista. Vivi Roselindo, de Tijucas, diz que a mureta fechou a entrada de um posto de gasolina e de um restaurante e deixou o trecho, que é bastante movimentado, mais perigoso. “Já era difícil entrar na BR... Agora ficou pior, tem que ir comendo tartaruga até conseguir entrar na pista. E se acontecer algum acidente, quem vai pagar?”, questiona. Pais e mães ainda reclamam que o fechamento prejudicou a entrada e a saída de ônibus escolares que levam crianças da região. Foi por segurança, diz Autopista Em nota, a concessionária Autopista afirmou que implantou barreira com defensas metálicas no local para restringir a movimentação de veículos, que colocam em risco a segurança do trânsito. E acrescenta: “A barreira implantada pela concessionária não impede a entrada e saída nos estabelecimentos comerciais, e não interfere no acesso à rua municipal”. Além disso, também adiantou que os comerciantes instalados às margens do km 158 da pista sul da BR 101 terão que regularizar o acesso junto à rodovia.