Itajaí
Baleia volta a encalhar e morre na Barra Velha
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

O que era boato se confirmou. A baleia que encalhou na praia da Península, em Barra Velha, morreu na noite de terça-feira, depois de encalhar pela segunda vez. A informação foi confirmada pela equipe do Projeto de Monitoramento das Praias da Bacia de Santos, da Univali. Uma operação foi montada para a realização da necrópsia, exame que deve identificar as causas da morte. O animal vai ficar com os profissionais do museu Oceanográfico da Univali para estudos e futura exposição. A jubarte era jovem. Tinha algo perto de oito metros e cerca de 10 toneladas. Encalhou na manhã de segunda-feira ao ficar presa num banco de areia. Até a manhã de terça-feira, quando começou a operação de resgate do animal, técnicos da Univali e especialistas do projeto baleia Franca ficaram hidratando o corpo da baleia com água do mar e garantindo que ela não se virasse e ficasse sem respirar. Na terça-feira, com o auxílio de um rebocador e uma embarcação da praticagem, ambos de Itajaí, foi montada uma força tarefa para desencalhar a grandona. Técnicos da Univali e de ONGs especializadas em baleias e bombeiros militares também participaram do salvamento. O animal foi puxado de volta para o mar. Muita gente se emocionou e houve aplausos e choro de alegria. Mas a alegria não durou muito. Ao anoitecer, moradores e frequentadores da praia da Península viram o animal encalhar novamente e estava sem vida. Ontem pela manhã, uma equipe do projeto de Monitoramento de Praias da Univali foi até o local e confirmou a morte. DB Ossada e órgãos vão para o museu De acordo com Deborah Boeira, da assessoria do projeto, será feita a necrópsia para tentar descobrir a causa da morte e se a baleia apresentava outros problemas. A ossada e alguns órgãos do animal serão levados para o museu Oceanográfico da universidade, que fica em Piçarras. A carcaça será levada para um aterro sanitário. Jules Soto, curador do museu, explicou que um dos objetivos é promover estudos com os órgãos da jubarte. “Inclusive pedi que preservassem o coração inteiro”, contou. Amostras de DNA e de tecidos da baleia também foram recolhidas. Pelo que informou o curador do museu a intenção é, posteriormente, expor a ossada da baleia. Uma das possibilidades é que ela vá para o Ecomuseu que a Univali mantém na ilha João da Cunha, também conhecida como Ilha de Porto Belo.