Itajaí

Cosip deve ficar mais cara

Projeto que estava para ser votado na câmara sai da pauta para sofrer nova modificação do governo

Pela nova proposta, cobrança da iluminação pública vai ser feita pelo consumo e não mais pela ‘testada’ do imóvel
Pela nova proposta, cobrança da iluminação pública vai ser feita pelo consumo e não mais pela ‘testada’ do imóvel
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O projeto da prefeitura de Balneário Camboriú que pretende mudar a forma de cálculo e cobrança da Contribuição para Custeio dos Serviços de Iluminação Pública (Cosip) vai passar por reformulação antes de voltar pra votação na Câmara de Vereadores. Na quarta-feira, o líder do governo, Marcelo Achutti (PP), retirou o projeto de pauta. A ideia é refazer a tabela de como ficariam os novos valores para casas e comércios. A proposta prevê que a contribuição seja cobrada com base no consumo de energia elétrica de cada imóvel. Os donos de terrenos vazios também seriam taxados. Hoje, a cobrança leva em conta diversos critérios, entre eles a testada (frente) do imóvel. No novo modelo, os consumidores seriam enquadrados conforme a faixa de consumo estabelecida. A tabela com as faixas de gastos já foi revisada por duas vezes e ainda enfrenta críticas. De acordo com o vereador Lucas Gotardo (PSB), da base governista, o objetivo é adequar o projeto para que seja apresentado de forma clara. O assunto também deve passar por discussão em audiência pública, depois que retornar pra Câmara, informou. Ele defende que a tabela precisa ser reajustada porque os valores estão defasados e deixar a cobrança mais justa. A previsão é que o projeto volte à Câmara no início de novembro. O governo quer aprovar a mudança ainda este ano, para passar a vigor a partir do ano que vem. Segundo a prefeitura, a maior parte da população vai pagar menos ou a mesma coisa que tá pagando com o novo método, podendo chegar até 90% em alguns casos. Mas a previsão da prefeitura é aumentar de R$ 650 mil para R$ 1 milhão a arrecadação da Cosip com a mudança. Parte do valor vai pra Celesc. A outra parte a prefeitura quer usar pra modernizar o sistema. Conforme dados da prefa, hoje são 13.500 pontos de iluminação, sendo 10% com lâmpadas de mercúrio, que é ultrapassada e prejudicial ao meio ambiente. A prefa quer trocar por lâmpadas de LED, que são mais econômicas e menos poluentes. “Não é o momento” Para o vereador de oposição Leonardo Piruka (PP), não é hora aumentar impostos, considerando a situação econômica do país. “Nós precisamos resolver alguns defeitos [na Cosip], mas não é o momento adequado”, avalia. Piruka ainda observa que o proposta tá sendo apresentada de forma autoritária, sem uma discussão ampla, e que a taxa não tá tão defasada assim. Numa simulação que fez, o vereador exemplifica que uma pessoa que hoje paga R$ 100 de Cosip, passará a pagar R$ 400 de taxa no novo modelo de cobrança. “Votarei contra não só contra o aumento da Cosip, mas de qualquer aumento enquanto o país não der uma guinada econômica”, frisa. O vereador considera que o governo deveria priorizar outras ações.“Precisa fazer uma reforma administrativa que diminua o número de comissionados”, afirma. Líder comunitário é contra Fernando Brito, presidente da associação de Moradores do Centro, diz ser contra a mudança e que qualquer alteração na forma de cobrança deverá ser bem discutida na Câmara e junto à comunidade. Para ele, a nova tabela não faz justiça para quem mora em prédios no centro ou em casas em bairros como o Vila Real, ainda pouco verticalizado. Para Brito, independentemente do consumo, a lâmpada ilumina o mesmo trecho para todos. “O serviço tem que ser equânime para cada morador. A justiça é dividir o custo da iluminação”, opina, defendendo o modelo atual. Para o líder comunitário, o governo quer apenas arrecadar mais com a medida. “O governo tá tentando buscar recursos financeiros através de manobras”, critica.



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