A travessia entre Itajaí e Navegantes voltou a ser alvo de reclamação dos usuários. Na semana passada, a doméstica Vânia Meira, 39 anos, de Navega, diz que foi ameaçada por ter deixado a moto na frente dos carros no corredor de espera dos veículos.
Ela conta que o espaço fica confuso com carros e motos e pede melhor organização. “Por ter quer andar sempre entulhada em espaço onde carros têm mais direitos que motos, estacionei a moto bem na frente ...
Ela conta que o espaço fica confuso com carros e motos e pede melhor organização. “Por ter quer andar sempre entulhada em espaço onde carros têm mais direitos que motos, estacionei a moto bem na frente, fora do corredor, mas fui ameaçada de ser presa caso não tirasse minha moto”, narra.
A motoqueira conta que já passou por outros incômodos, como ter o espelho quebrado e ter a perna ralada pelos veículos. “Me senti humilhada e sem direito nenhum. Pagamos caro para andar com nossas motos amontoadas”, reclama a doméstica, que usa o ferri todo dia para trabalhar na Praia Brava, em Itajaí.
Fez errado
O técnico de segurança do ferry-boat, Welton Faustino, contesta a reclamação da usuária. Ele diz que Vânia tentou “criar uma situação”. Welton esclareceu que no momento do incidente, por volta das 16h, ainda não era horário de pico e tinha bastante espaço para as motos. Ele diz que a motociclista se meteu na frente da área de embarque de forma indevida.
Welton conta que foram os donos de carros que ficaram cabreiros com a mulher e acabaram tirando a moto do local. Ele garante que hoje já existe uma separação para carros e motos. A preocupação maior, diz,é nos horários de pico, pois a empresa quer evitar acidentes e garantir a segurança do pessoal.
As filas do Passe Livre
Um mês após a redução no horário de atendimento para a retirada do Passe Livre para a travessia do ferri, entre Itajaí e Navegantes, os usuários ainda estão cabreiros com as filas e a demora.
Desde o início de setembro, o horário foi reduzido em uma hora. Com a mudança, a senha para atendimento passou a ser entregue só até às 18h. Quem chega depois, não é atendido.
Segundo a moradora de Navega, Fernanda Eduarda Meira, a medida tá prejudicando muita gente. “A população aguarda de duas a três horas para a retirada dos passes. Está inviável esse horário de atendimento porque as pessoas trabalham no mesmo horário que eles atendem,” diz.
A mudança foi anunciada pelo departamento de Transportes e Terminais de Santa Catarina (Deter) para evitar que os funcionários da empresa terceirizada que presta o serviço façam horas extras.
O gerente de Administração do Deter, José Vidal Ramos, esclarece que, justamente para não haver filas, foram aumentados os dias para recadastramento e retirada do passe.
Ele informou que o prazo de retirada passou de oito para os 10 últimos dias do mês. Já o prazo de cadastro foi ampliado de cinco para sete dias. O Deter também adiantou o início do atendimento, com o posto funcionando do meio-dia até às 18h. Antes, o expediente começava às 13h,.
Para Vidal, com as mudanças, as pessoas podem se programar melhor e evitar filas. “Não precisa ir todos num dia só. O nosso interesse é beneficiar a população”, frisa.