O processo, iniciado no mês passado, aponta que houve a queda das placas de vidro da fachada do prédio durante três ocasiões diferentes. As vidraças despencaram do quarto e quinto andares.

Considerando os riscos para os condôminos e pedestres, o promotor Marcio Gai Veiga, da 1ª Promotoria de Justiça, solicitou informações sobre a manutenção e a elaboração de laudos técnicos. O curiosoé que o próprio MP funciona no edifício.

A assessoria do promotor informou que a apuração corre na esfera administrativa. Outras informações não foram divulgadas porque o processo está em andamento.

O edifício Atlantis tem cerca de cinco anos e foi construído pela CK Construções. De acordo com o empresário Charles Kan, dono da construtora, a responsabilidade pela manutenção da estrutura é dos condôminos.

A construtora mantém a sede no mesmo prédio. Charles admitiu que teve uma falha no cronograma de revisão na fachada, serviço que não foi feito desde a inauguração.

Queda de vidro

Depois que as placas caíram da fachada, foi iniciada uma revisão, que está em fase final. O problema, conforme alega, não teria relação com a parte estrutural do edifício, e sim com o mau uso dos condôminos.

Em duas ocasiões, o pessoal bateu no vidro da janela, que se despedaçou. A revisão da fachada, recomendada anualmente, está sendo feita pela fabricante do revestimento, a Indústria Brasileira de Esquadrias de Alumínio (Ibea), após a aprovação do condomínio.

O empresário descartou rumores de que o prédio poderia cair. Segundo ele, não há fissuras, rachaduras ou qualquer problema que afete a estrutura do prédio.