Maria Geni Farias, 61 anos, e outras pacientes da unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), do hospital Marieta Konder Bornhausen, que fazem tratamento contra o câncer de mama, tiveram a medicação industrial substituída por uma manipulada. A troca do remédio provocou efeitos colaterais em dona Geni e ela teve que comprar o remédio na farmácia.
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A filha de Geni, a médica Raquel Farias Lopes, 32 anos, conta que a mãe faz tratamento há um ano e meio, desde uma cirurgia. A família é de Manaus, no Amazonas, e se mudou para Itajaí em abril. Desde ...
A filha de Geni, a médica Raquel Farias Lopes, 32 anos, conta que a mãe faz tratamento há um ano e meio, desde uma cirurgia. A família é de Manaus, no Amazonas, e se mudou para Itajaí em abril. Desde então, todo o tratamento de Geni é feito pela Unacon.
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Segundo Raquel, até o mês de maio o medicamento Anastrozol 1 mg, liberado pela Unacon, era de uma marca genérica industrializada. Porém, desde o dia 20 de junho, o remédio passou a ser manipulado.
Uma semana após tomar a medicação manipulada, dona Geni relatou efeitos indesejados, como tontura, fraqueza e mal-estar. Ontem, a moradora foi mais uma vez na Unacon e novamente recebeu um frasco manipulado.
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“Ficamos desconfiadas da medicação manipulada, porque é um remédio caro, custa de R$ 300 a R$ 500 a caixa, e não podia ser manipulado sem passar por uma testagem,” diz Raquel.
Diante da desconfiança e preocupação, na semana passada Raquel comprou o medicamento industrializado. Segundo ela, a mãe não teve mais os efeitos negativos.
Para Raquel, a informação repassada na farmácia da Unacon é de que o remédio industrializado está em falta, por isso foi manipulado. “Mas existem outras marcas”, comenta.
O DIARINHO entrou em contato com a assessoria do Hospital Marieta, mas até o fechamento desta edição o hospital não deu retorno sobre a denúncia da família Farias.
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