Itajaí
BC 53 ANOS | Cuca é coisa nossa!
Casa especializada no quitute alemão ganha sofisticação com combinações como cebola roxa com linguiça
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]




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Se existe uma coisa que catarinense entende é de cuca. A iguaria, herança da colonização alemã, faz parte do cardápio de qualquer família que se reúne no final da tarde para tomar café e para quem trabalha fora, forrar o estômago antes de voltar à labuta. E se uma casa elevasse a cuca a um outro patamar, oferecendo além de sabores consagrados, opções como manga com pimenta e vinho tinto, cappuccino, doce de leite com amora e, heresia das heresias, cebola roxa com farofa de linguiça?! Sim, esta casa existe e só podia ficar em Balneário Camboriú, uma cidade que virou playground para os amantes da culinária.
A Cucaria do Chef oferece mais de 50 sabores de cuca, criações do chef Alfredo Gazaniga, 34 anos. Seu sócio e parceiro, André Caetano, 42 anos, conta que a ideia de montar a casa surgiu quando Alfredo ficou em segundo lugar num concurso de cucas em 2014, em Brusque, com o sabor queijinho (feito no sítio da família) com redução de vinho tinto e frutas vermelhas. Mas da ideia até a concretização do sonho foram outros dois anos, fazendo testes de sabores e a busca pelo local ideal, no bairro dos Pioneiros.
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“Queríamos fazer do local a extensão de nossa casa, por isso trouxemos nossos móveis, louça e itens de decoração para deixar o ambiente convidativo”, explica André. Ele mesmo atende a clientela, que não resiste às cucas gourmet. São mais de 50 recheios e dois tamanhos. A de 24 cm de diâmetro custa entre R$ 30 e R$ 38. A menor custa R$ 18, mas também dá pra comprar por fatia, ao custo de R$ 5, ou montar uma com sabores variados. Os tipos, porém, não estão todos disponíveis na loja. Quem quiser um sabor em particular precisa encomendar.
Por dia, Alfredo monta até 30 cucas, ali, na frente do cliente, mas a demanda tem sido cada vez maior. “Muitas vezes fechamos mais cedo por falta de produto,” lamenta André. “Mas por enquanto, não temos como aumentar a produção”. Por isso, se você ficou com vontade de provar, melhor não deixar para muito tarde, apesar do horário de atendimento ser das 14h às 20h.
Para acompanhar as cucas, a casa, aberta apenas há sete meses, oferece café, chá e espumante. A taça de vinho nacional custa R$ 8 e a de espumante, R$ 10. Os vinhos são de Caxias do Sul, Flores da Cunha e Bento Gonçalves (RS).
• Serviço
Cucaria do Chef Rua Isidoro Caetano, sala 2 – Bairro Pioneiros. Fone: 3311-0425 / 98893-0742.
Pioneirismo
Pub com 20 torneiras de chope
Mad Dwarf chega a Balneário com a proposta de popularizar aquele chope esperto no final do dia
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Para aqueles que não se contentam com as cervejas comerciais, e estão adorando descobrir novos sabores de cerveja, uma casa inaugurada há sete meses em Balneário traz o creme de la creme da bendita união do malte com o lúpulo. O pub Mad Dwarf (anão maluco) resgata a tradição dos pubs europeus e apresenta, nada mais, nada menos, do que 20 torneiras de cervejas trincando, nos mais variados sabores e percentuais alcoólicos.
A investida foi do engenheiro Guilherme Busnardo Ramos, 37 anos, que abriu com seus sócios a franquia da matriz de Joinville, onde o pub foi criado em 2015. Ele atuou 11 anos na empresa WEG, mas conta que não se sentia mais realizado no trabalho. “Eu tinha um bom salário, mas estava cansado de tantas viagens, o estresse da carga horária e buscava uma forma mais prazerosa de ganhar a vida”, revela.
Como amante da cerveja artesanal desde que conheceu a Eisenbahn, há cerca de uma década, Guilherme começou a se inteirar e a frequentar o Empório Dublin, que depois se transformaria no pub. As misturas são do mestre cervejeiro Elenilton Baretta, que coleciona mais de 150 receitas e tem uma taberna em Gramado.
Na Mad Dwarf, há espaço para a tradição e também para o inusitado. Quem não está acostumado com a personalidade forte da cerveja artesanal, pode começar experimentando a Kolsch, que se parece com a pilsen. Os copos custam entre R$ 9 e R$ 15. Já quem prefere uma cerveja mais alcóolica pode pedir a White Imperial Stout, que tem a mesma graduação do vinho – 12%. Essa custa R$ 18,00. E tem sabores surpreendentes como a de cappuccino, do tipo Oat Milk Stout, forte e encorpada, com graduação de 7,8%. Já quem ainda não é adepto do pão líquido pode tomar uma espumante Wine Rosé Charmat (180ml) a R$ 18,00.
No Reino Unido, os pubs são uma instituição frequentada há mais de um século pela classe trabalhadora, que se reúne no final de um dia exaustivo para esfriar a cabeça e fortalecer os vínculos de amizade. No Brasil, os pubs se tornaram mais glamurosos como os bistrôs, que na França eram apenas restaurantes de comida caseira. Como os bistrôs, os pubs brasileiros estão um passo além dos europeus: incluíram um cardápio caprichado para que a noite não acabe tão cedo.
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No Mad Dwarf é servido o popular o Fish & Chips inglês (R$ 38,00), cujo peixe é empanado numa massa que leva cerveja. Também tem Goulash, um ensopado em que a carne é marinada na cerveja. Servida com mix de queijos, custa R$ 32,00. E de sobremesa, que tal um cheesecake de doce de leite e malte, polvilhado com lúpulo? Pra saber que sabor isso tem, só indo lá fazer o test-drive! No happy hour (entre 18h e 20h) tem 20% de desconto.
• Serviço
Mad Dwarf Rua 3300, 341 – Centro. Fone: (47) 3311-6363. Horário: de terça a domingo, das 18h à 1h da manhã.
Black Burger
Primeiro food truck de hambúrguer de Balneário vende até 200 sandubas por dia
Negócio familiar se expandiu e o popular trailer rock’n roll da Quarta avenida se prepara para abrir a primeira franquia
Primeiro veio o pai, Mario Mansano, de Marília (SP) para fazer Gastronomia, em 2004. Depois, a irmã Mariana veio cursar moda. Em seguida, Miriam e o namorado Tiago chegaram em busca de aventuras e oportunidades profissionais. Depois de trabalharem em alguns restaurantes, se animaram para montar um food truck, que tanto sucesso fazia nos EUA. O que eles não podiam imaginar é a prefeitura fecharia o Cabrones e o Kombine Felice, após um mês e meio.
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“Nossa, fiquei um mês sem saber o que fazer. Eu tinha convencido meu pai a pegar um empréstimo e meu marido a investir nossas rescisões na entrada do food truck, que custava R$ 20 mil na época (2013). Mas não dava para voltar atrás”, recorda Miriam. A exemplo dos colegas, ela teve que alugar um espaço para instalar o trailer. A salvação veio do dono do posto de gasolina, onde ela havia estacionado durante a primeira semana de funcionamento, numa parceria para fornecer as bebidas.
“Aqui só tinha brita. Fizemos os banheiros, pedimos um ponto de luz e assim começamos. Aos poucos, melhoramos a estrutura e colocamos cobertura para acolher aos clientes que vêm toda semana, sem falar no delivery”, comemora. Miriam e Tiago trabalharam quatro anos no Lucca Bistrô, onde ela foi gerente e ele sub-chef, quando cursava Gastronomia. Eles tinham vontade de unir a alta gastronomia à comida de rua, sem cobrar muito por isso. “Fomos os primeiros a colocar tomate confit no lanche e fazer o próprio hambúrguer com carne fresca”, revela.
O trailer oferece nove tipos de sanduíches, mais as criações do “Black na churrasqueira”, criado para impulsionar as vendas na segunda-feira. O mais pedido custa 21 pilas (sim, pila é a moeda oficial) e leva bacon caramelizado, mostarda Dijon, pão preto, salada e hambúrguer de 150g. Outros sabores são: Blue Burger (23 pilas), com queijo gorgonzola e rúcula, Blumenau (20 pilas), que leva linguiça e cebola roxa, e o RS Burger (21 pilas), que tem hambúrguer de costela e provolone na cerveja. Para quem não come carne tem o veggie de grão de bico (18 pilas).
Tiago participou do reality show Chefs em Ação, do GNT, e por causa desta experiência preferiu ficar no Lucca Bistrô, onde hoje é um dos sócios. Mas não deixou Miriam na mão, já que pai, mãe, tia e cunhados vieram para reforçar o time. Eles se preparam agora para encarar o desafio de abrir uma franquia. “Além de receber os royalties (cerca de 5% do faturamento bruto), também é uma forma de popularizar a marca”, acredita.
O Black Burger tem na caveira seu símbolo, como boa família de roqueiros, e batizou alguns petiscos com nomes de bandas. A porção de fritas se chama Pink Floyd (8 pilas); a versão Led Zeppelin leva creme de cheddar com bacon confitado (15 pilas); e o Queen Bee traz dados de queijo coalho na chapa com mel e bacon (19 pilas). E para mostrar que hambúrguer gourmet também pode ser acessível, Miriam criou um dia promocional por mês, com um lanche a 10 pilas. “Com fome ninguém fica!”, garante.
• Serviço
Black Burger Quarta Avenida, esquina com a 1500 (atrás do posto 1500). Fone: (47) 3366-2794 e 99655-6802 (WhatsApp). Horário: de segunda a segunda, às 18h às 23h30.