Itajaí

Quadrilha fabricou 100 milhões em cheques

Bandidos tavam até vendendo programa de computador e dando cursos pra outros falsários. Tinha gente de Navega, Piçarras e Camboriú envolvida

Tiras do departamento de Investigações Criminais (DEIC) de Floripa desbarataram o que consideram uma das maiores quadrilhas de golpistas do sul do Brasil. A gangue, que tinha como sede Balneário Camboriú, falsificava talonários de cheques do sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob). A polícia estima que os bandidos já movimentaram perto de R$ 100 milhões com os borrachudos que espalhavam no comércio.

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Da gangue, 11 bandidos já foram presos, incluindo dois chefões: João Félix de Almeida, o Praça, e Everson Borges Lewandowski, que dizia se chamar Diego. Dois continuam foragidos, entre eles o hacker ...

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Da gangue, 11 bandidos já foram presos, incluindo dois chefões: João Félix de Almeida, o Praça, e Everson Borges Lewandowski, que dizia se chamar Diego. Dois continuam foragidos, entre eles o hacker Rui Melin, que é apontado como um dos cérebros do bando. Um outro integrante da quadrilha, Mário Vender Siqueira, o Ceará, já cumpre pena no presídio da Canhanduba.

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As investigações começaram em meados do ano passado, quando a direção da Sicoob fez a denúncia de que cheques fajutos em nome das suas cooperativas de crédito estavam sendo espalhados por vários estados. Os tiras da DEIC deflagraram a operação que chamaram de ‘Alínea 35’, em referência ao código bancário usado quando um cheque é fraudulento.

Ao todo, a polícia identificou 14 integrantes da quadrilha. As prisões começaram na terça-feira e somente ontem é que os tiras da DEIC divulgaram o caso à imprensa. “A nossa avaliação é que a operação foi um sucesso. Conseguimos prender de uma só vez quase toda a principal quadrilha de falsários do sul do país”, comemorou a delegada Aline Zandonai. Apenas dois bandidos conseguiram fugir das garras da polícia.

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As prisões rolam em Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Navegantes, Jaraguá do Sul e São José, na grande Floripa.

A guentada da gangue é temporária, aquela que pode durar no máximo 30 dias. “Vamos ouvir os presos nos próximos dias e avaliar se faremos ou não o pedido de prisão preventiva dos falsários”, afirmou a delegada.

Além dos chefões, foram guentados: Avair da Silva, que usava os nomes falsos de Evair e Eduardo; Horahra Oliveira Willuweit; Cinara Andrade Leal, mulher de Horarha; Osni Teófilo dos Anjos; Jorge Lewandowski, irmão de Diego; Maicon Zago, que tentou se fazer passar por um tal de Michel; Eliziane Fortes; Valdecir Albuquerque; e Valmor de Ávila.

Como os falsários montavam o golpe

Rui Melin, que é pós-graduado em Administração de empresas, é um harker, aqueles sabichões da internet que invadem qualquer computador. Ele teria inventado um programa que consegue produzir cheques igualinhos ao das cooperativas de crédito do Sicoob.

Além disso, afirma a polícia, ele invadia sistemas de empresas, cooperativas e até órgãos públicos para roubar dados de pessoas inocentes, como número de contas, cpf e endereços. Até o sistema da receita Federal já teria sido invadido por Rui.

Também era Rui quem criava um kit falsário, composto de 10 folhas de cheque, um RG fajuto, um comprovante de renda e mais outro de residência. No total, o kit enganador custava cerca 800 pilas e era repassado ao restante do grupo, que aplicava golpes no comércio.

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Os chefões

Diego e Praça compraram o programa de computador do hacker e até receberam treinamento de como usar o software bandido. Mesmo assim, Rui continuava produzindo os kits e até já os vendia pela internet pra todo o Brasil.

Diego e Praça revendiam a papelada falsa. Chegavam a passar pra frente 10 vezes a mais o valor que compraram. A polícia Civil tem indícios de que só no sábado passado, os salafrários aplicaram R$ 23 mil em golpes na praça.

Os outros integrantes da quadrilha atuavam como facilitadores, confirmando os dados que seriam usados nas falsificações, como intermediadores e como golpistas.

Os integrantes da quadrilha estão presos na DEIC, em Floripa, e serão indiciados por formação de quadrilha, falsificação de documentos públicos e privados e estelionato.

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As investigações duraram oito meses e mobilizaram mais de 80 policiais civis.




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