Na análise feita pelos sabichões da Teleco, fala-se mais porque tá mais barata a ligação. A redução no preço médio de 2009 pra 2011 é significativa. Passou de R$ 39 centavos para 22 centavinhos. Nesse mesmo período, o tempo médio de uso do celular por mês pulou de 77 minutos pra uma hora e 50 minutos.
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Estratégia é guerra de preços
Pela análise da Teleco, como os serviços das grandes operadoras tão praticamente iguais, agora o povão tá correndo é atrás do menor custo da ligação. O preço pago para falar no celular se tornou o principal critério de escolha da operadora de celular entre os usuários com baixa utilização de serviços, principalmente no pré-pago, diz o relatório. Por isso, a estratégia da vez, por parte das operadoras, é a diminuição no preço médio do minuto.
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Nessa guerra pra ganhar a clientela, a TIM tem sido a operadora mais agressiva quando o assunto é baixar custo. Dos quase 30 centavos que cobrava no ano passado num plano convencional, hoje tá oferecendo o minutinho com um descontaço de 30%, ou seja, perto dos 20 centavos.
A Vivo, que das que tem cobertura nacional sempre foi a barateira, passou de 24 pra perto de 23 centavinhos em dois anos. A Claro, que no primeiro trimestre de 2010 passado cobrava 27 centavos o minutos, teve que baixar e chegar nos 24 centavos nos três primeiros meses deste ano.
Gostou da notícia? Então bata palmas pra competição acirrada no mercado de telefonia móvel no Brasil. Pra disputar a clientela, as operadoras tão fazendo de tudo. Primeiro, começaram oferecendo subsídio na venda dos celulares, principalmente do pré-pago. Agora os descontos partiram também pros celulares de conta. A venda de aparelhos subsidiados deixou de ser praticada para o segmento pré-pago, com a obrigação de desbloqueio dos telefones celulares estabelecida pela Anatel, dizem os sabichões da Teleco no relatório da análise de mercado que divulgaram esta semana. Como o consumidor pode ter mais de um chip de operadoras diferentes num mesmo aparelho, o jeito foi aumentar o leque do subsídio.
Pré-pago é solução pra quem liga pra fixos, afirma usuário
O Brasil tem a exagerada marca de 212,6 milhões de números de celulares espalhados por todos cantos. Dois deles pertencem ao representante comercial Tiago Machado Pereira, 25 anos, de Itajaí. Um dos números ele tem há pelo menos oito anos. Há dois, colocou no mesmo aparelho o chip de outra operadora. Como trabalho com vendas, mantenho o da Vivo, que é o mais antigo, principalmente para receber ligações. O da Oi é pra ligar principalmente pra fixo, explica.
Tiago ajudou na marca de 42% de aumento do tempo em que as pessoas falam ao celular. Não tem dúvidas de que tem usado bem mais o aparelhinho. Como tô usando mais, chego a colocar duas recargas por mês, revela.
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Mas o vendedor diz que não sentiu a tal da queda de preço médio do minuto anunciada pelo pessoal da Teleco. Até acha que os preços têm se mantido nos últimos dois anos.
Segurar o impulso e controlar o uso do celular, não parece fazer parte das metas de Tiago. Agora com esse recurso da Oi, que ganha bônus pra falar com fixo, tu fala à vontade e acaba nem gastando tudo o que tem pra gastar no dia, justifica. E não é só pra coisas do trabalho. Também uso para falar com a mulher e com os amigos, revela.
Claro, com tanta intimidade assim com o aparelhinho, não poderia faltar uma dica. Pra quem, como eu, usa bastante pra falar com fixo, a melhor opção pra economizar são os pré-pagos que dão bônus pra falar com fixo, sugere.