Tiras da divisão de Investigação Criminal (DIC) do Balneário Camboriú acreditam terem desmanchado um esquema de estelionato e venda de mercadorias falsificadas comandado por dois egípcios e um brasileiro. A polícia não revelou a identidade dos suspeitos, mas divulgou ontem que na semana passada pintou no camelódromo do centro da cidade e numa lojinha do centro, de propriedade de dois dos golpistas, e recolheu uma pá de produtos falsificados e contrabandeados.
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A investigação pra cima dos estelionatários e falsificadores começou há quatro meses, informa a delegada Luana Backes, da DIC. A dotôra contou que os três criminosos usavam documentos falsos para ...
A investigação pra cima dos estelionatários e falsificadores começou há quatro meses, informa a delegada Luana Backes, da DIC. A dotôra contou que os três criminosos usavam documentos falsos para constituir empresas e, com isso, conseguir financiamentos bancários sob suposta alegação de investir no negócio. O dinheiro, no entanto, era desviado e o financiamento nunca era pago. Até carango da marca BMW foi comprado com a grana. Quando a dívida ficava grande, eles sumiam e não eram mais encontrados porque a pessoa não existia, explica a delegada.
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Uma das empresas montadas para o golpe por um dos egípcios se chama Ali Hassan Charaf ME. A firma seria do ramo comercial.
Atraques no camelô e no cinerama
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A polícia acabou descobrindo que um dos egípcios e o brasileiro tinham loja na cidade. Na sexta-feira, com um mandado de busca e apreensão, tiras da DIC deram um atraque no box de número 148 de um dos gringos, que fica no camelódromo do centro. Lá, foram recolhidos diversos aparelhos eletroeletrônicos que entraram no país de forma irregular.
Numa loja da galeria Cinerama, que fica na avenida Brasil, 1695, também no centro, os policiais encontraram nada menos que 822 peças de roupas falsificadas. A loja pertenceria ao brasileiro envolvido na treta.
Na casa do estelionatário brazuca, também estourada pelos homidalei, foi encontrado um recibo de compra e venda de carango em nome de um dos egípcios golpistas, o que confirmou a suspeita da polícia de que eles integrariam a mesma gangue. A gente sabe que tem ligação entre eles, só não sabe quem manda em quem, comentou a delegada.
Os homidalei vão agora fuçar a vida financeira do trio. A gente pediu a quebra do sigilo bancário de todos eles e tá aguardando uma resposta do banco Central, disse a dotôra Luana.
Somente um dos egípcios, pego no camelô, foi levado para a delegacia. Ele prestou depoimento e depois foi liberado. O golpista vai responder as acusações em liberdade. O outro gringo e o brasileiro não foram encontrados pela polícia. O advogado do egípcio que não foi localizado já teria adiantado à polícia que o cliente se apresentará pra ter um lero-lero com os tiras pra sisplicar.