Ao chegar no seu 42° dia, a greve dos professores estaduais catarinenses bateu um recorde negativo: tornou-se a segunda paralisação mais longa da categoria em Santa Catarina. Agora, faltam apenas 19 dias pra manifestação da professorada ser a maior de todos os tempos no estado. A mais longa, de 60 dias, rolou no ano 2000.
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Ontem, o pessoal do sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) se reuniu com o presidente da assembleia legislativa, Gelson Merísio (DEM), que garantiu à classe a rejeição por parte dos parlamentares ...
Ontem, o pessoal do sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) se reuniu com o presidente da assembleia legislativa, Gelson Merísio (DEM), que garantiu à classe a rejeição por parte dos parlamentares da medida provisória (MP) 188, que será votada hoje à tarde, na leleia. Inês Fortes, secretária adjunta de organização do Sinte, explica que Merísio prometeu considerar inviável a MP, que limita em R$ 22 milhões por mês o gasto na folha de pagamento do magistério, com uma média de 15,38% de aumento salarial.
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Inês também reclama que nos últimos dias o governo deixou de negociar e partiu pra uma tática de intimidação dos professores, ameaçando considerar ilegal o movimento. Eles [o governo] afirmam que encerraram as negociações, mas o que negociaram foram os nossos direitos. E direito não se negocia, se cumpre, lasca a muié.
Os cerca de 35 professores peixeiros que estavam acampados em frente à leleia e voltaram pra suas casas no feriado, ontem remontaram acampamento na capital. Pra hoje, os mestres prometem fazer um ato público na praça em frente à igreja Matriz, em Floripa. Após o ato inicial, sairemos em caminhada pelo centro, comenta Inês.
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O coordenador regional do Sinte peixeiro, Marcos Sodré, diz que a vigília em frente à assembleia vai se intensificar esta semana, pois só assim, acredita Marcos, o governo voltará a negociar com a categoria. Já faz mais de semana que as conversas estacionaram. Por isso, seguiremos a vigília, pra ver se alguém lembra da gente, desabafa, dizendo que neste início de semana o sindicato não vê uma solução pro fim da greve.