O rapaz conta que chegou no clube, foi ao vestiário, sitrocou e, em seguida, foi pro jogo. Quando voltou, a única coisa que encontrou foi o par de tênis e as meias. Levaram a mochila com tudo dentro, cartões de banco, 100 reais em dinheiro, documentos pessoais e a chave do carro, bufa.
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Jony procurou ajuda dos seguranças do clube, da empresa terceirizada Delta Lux. Segundo ele, os vigias disseram não terem visto nada.
Cada vez mais revoltado, ele foi falar com a gerente administrativa do Itamirim, a Mariuza Bueno Guterres. Ela não fez nenhum esforço pra me ajudar. Pelo preço que a gente paga, acredito que ela deveria pelo menos ter se preocupado, mas não mostrou nenhum interesse, lasca.
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Vai processar
No dia seguinte ao sumiço, conta o carinha, acharam os documentos dele dentro duma lixeira. A recepcionista me entregou os documentos e quando perguntei sobre o restante que foi roubado, a gerente disse que não era responsabilidade do clube, conta, indignado.
Jony ficou impressionado com a falta de interesse em propor uma solução. Segundo o rapaz, depois que disse que ia processar o clube, ela ainda foi mais mal-educada. Ela mandou eu fazer o que eu quisessse, revoltou-se.
O outro lado
A gerente Mariuza confirmou que o clube não se responsabiliza por objetos deixados em qualquer lugar. A gente não pode se responsabilizar neste caso, pois ele largou a mochila embaixo de um banco. Tem armários com chaves e guarda-volumes, explica a chefona do Itamirim.
Ela justifica a falta de empenho em ir atrás das coisas dele, repetindo que a responsabilidade dos pertences era dele. Ele não pode chegar e largar uma mochila embaixo de um banco em um clube que tem cerca de 2200 sócios titulares, sem falar dos dependentes, que somam oito mil pessoas, lasca a muié.
Ninguém sabe, ninguém viu
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Ela disse que dentro do clube tem apenas cinco câmeras de segurança, mas que já estão fazendo orçamento pra colocar mais. Ainda estamos nessa fase, mas sabemos que precisa ter mais, diz. Ela comentou ainda que naquele dia (quando rolou o sumiço da mochila) tinha festa junina no clube, que ficou socado de gente. Colocamos mais 30 seguranças naquele dia, comenta. Em dias normais, o clube dispõe de cinco seguranças que circulam pelo clube 24 horas.
Clube é responsável, diz advogado
O dotô Tiago Fachin, contratado pelo sócio, afirmou que Jony tem direito à reparação civil, porque, segundo ele, a partir do momento que o clube cobra mensalidade para promover segurança, tem responsabilidade.
Eles deveriam, pelo menos, ter se prontificado a ajudar o rapaz, no mínimo prestar uma assistência maior e efetiva, mas como não mostraram nenhum interesse em solucionar o problema, ele pode pedir judicialmente o ressarcimento dos objetos roubados e ainda danos morais, explicou.
Jony registrou o caso na 1ª depê de Itajaí. O DIARINHO não conseguiu apurar o andamento da investigação.
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