Em menos de 24 horas os tiras da divisão de Investigações Criminais (DIC) da polícia Civil do Balneário Camboriú desfizeram o mistério que cercava a morte do pintor Fabiano Maia Sell, 21 anos. O peão foi encontrado morto com a cabeça amassada, na obra de um prédio na avenida Santa Catarina, no bairro dos Municípios. O também pintor Ezequiel dos Santos, 21 anos, conhecido pelos apelidos de Pé e Alemão, foi identificado pelos homi como autor do crime e acabou admitindo a barbaridade ontem à tardinha.
Continua depois da publicidade
O assassinato foi descoberto às 7h da matina de ontem, quando os trabalhadores que tão levantando uma unidade da famosa rede de hotéis Slaviero chegaram na obra. Fabiano foi encontrado estirado ...
O assassinato foi descoberto às 7h da matina de ontem, quando os trabalhadores que tão levantando uma unidade da famosa rede de hotéis Slaviero chegaram na obra. Fabiano foi encontrado estirado no chão com a cabeça esmagada. A polícia foi chamada e corpo foi levado pro instituto Médico Legal (IML). Os peritos descobriram que a morte foi causada pela pancada de um objeto grande, provavelmente um toco de madeira.
Continua depois da publicidade
A equipe do delegado Daniel Garcia descobriu que entre os trabalhadores da obra faltava Ezequiel. Também ficaram sabendo que o rapaz teria procurado o patrão e pedido uma dinheirama urgente pra viajar.
Com todos esses indícios, Ezequiel foi procurado pelos homidalei. No começo ele negou o crime, mas foi orientado a dar as caras na depê e confessar o assassinato antes que se complicasse mais. Não deu outra. No início da tarde, o pintor apareceu na sede da DIC e assumiu o homicídio pro delegado Daniel.
Continua depois da publicidade
Ezequiel, diz o dotô, alegou legítima defesa. Ele disse que, sem mais nem menos, a vítima teria lhe agredido e ele se defendeu, conta o delegado.
O pintor não soube dizer o motivo da bronca. O delegado suspeita que Ezequiel não tenha falado toda a verdade. Ele mentiu. Disse que não havia bebido, mas seus colegas o viram beber, afirma ainda o policial.
Pelo que a polícia apurou, a vítima e seu algoz teriam passado a tarde na obra bebendo e assistindo o jogo do Brasil com os outros companheiros de trampo. O crime rolou no finalzinho da tarde de domingo, depois que os outros peões já haviam ido embora e deixado apenas os dois pintores pra trás.
Fabiano era natural de Joinville e estava na city há apenas cinco dias. Como não tinha local pra ficar, vivia na obra onde trampava. Ezequiel, que é de Francisco Beltrão/PR, também estava na região há poucos dias.
Vai responder em liberdade
Apesar de ter se entregado e assumido o crime, Ezequiel não ficou enjaulado. O delegado Daniel Garcia diz que o pintor não tem ficha no crime, é trabalhador e procurou colaborar com os trampos da polícia. Não vejo que seja uma pessoa que possa causar prejuízo pra sociedade. Tudo indica que ele agiu por impulso, pois estava alcoolizado, justifica o policial, completando: O juiz pode pedir a prisão dele depois.
O DIARINHO esteve ontem à tarde na obra do hotel Slaviero. Não havia expediente. Todos os trabalhadores foram dispensados, informou um encarregado da construção. Representantes da rede de hotéis Slaviero também não quiseram comentar o assunto.
Continua depois da publicidade