Itajaí

Polícia marcou presença no Monte Alegre

Informações davam conta de que uma facção criminosa iria promover uma chacina no bairro mais violento da região

A operação Força-Tarefa 2, que começou sexta-feira e que movimentou mais de 100 policiais entre Camboriú e Balneário Camboriú, foi bolada às pressas. Os chefões da segurança pública revelaram ontem que havia informações de que rolaria uma matança durante o fim de semana. Uma suposta facção criminosa teria planos pra assumir o controle do tráfico de drogas na região do distrito de Monte Alegre, em Camboriú.

As otoridades deixaram escapar a informação durante a entrevista coletiva que concederam ontem à tarde pra imprensa. A delegada Magaly Ignácio, chefona da delegacia Regional de Polícia Civil, disse ...

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As otoridades deixaram escapar a informação durante a entrevista coletiva que concederam ontem à tarde pra imprensa. A delegada Magaly Ignácio, chefona da delegacia Regional de Polícia Civil, disse que foi preciso cercar a região, cumprir mandados de busca e realizar blitze pra evitar um banho de sangue maior.

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A delegada afirmou que recebeu a informação que uma suposta facção criminosa mandaria matar alguns traficas da região. O objetivo seria tomar pontos de drogas. “Com a informação que algo eminente iria acontecer, tomamos uma atitude drástica”, discursou a dotôra, completando: “É uma facção que quer se instalar por aqui e dominar os formiguinhas, mas a operação inibiu a ação deles”.

Bandidagem sumiu

O delegado Rodrigo Coronha, que comandou os três primeiros dias da Força-Tarefa 2, garante que a prática de crimes, principalmente no Monte Alegre, chegou quase a zero. “Não houve nenhum baleado, o que é incomum para um fim de semana”, comentou. A operação não tem data pra acabar, mas diferentemente de como rolou em 2009, desta vez o reforço não fica fixo por aqui. Os policiais voltam pras citys de origem durante a semana e outros tiras e fardados dão as caras no lugar deles.  O major Jefferson Schmidt, comandante dos PMS na operação, afirma que os atraques vão continuar durante a semana. “Vamos continuar a monitorar, principalmente o bairro Monte Alegre”, adianta, referindo-se à comunidade que, sozinha, foi responsável por 18 dos 20 homicídios que rolaram este semestre. Ontem, a polícia Civil decidiu passar para a meia-noite o toque de recolher decretado na semana passada, quando barecos e restaurantes teriam que fechar às 22h. Os comerciantes teriam aberto o berreiro contra a medida. Mas o arrego não vale para todos, disse a delegada Magaly Ignácio. Os botecos e comércios que tiverem registros de confusões terão o alvará restringido até às 22h. Quem não cumprir a determinação pode ter o local fechado. “Acredito que até o final de semana já tenhamos o raio-x”, afirmou, referindo-se ao levantamento que está sendo feito. As baladas Green Valley e Maria’s têm uma liminar da dona justa e podem funcionar até às 5h.

Qual é a sua sugestão para resolver o problema da criminalidade na região?

Tem que tirar bandido da rua, botar a polícia em cima da malandragem. Pegar os cabeças, que eles sabem quem é. Não adianta fechar os bares mais cedo, por que a vagabundagem não está ali.

Sebastião Antunes, 39 anos, comerciário

Tem que ter polícia, mas tem que ter mais é assistência social. Tirar essa piazada da rua e dar a eles o que fazer. Senão, eles vão pra cadeia e voltam pior. Tem que dar trabalho pra essa gente.

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Elizabete dos Santos, 47 anos, vendedora

Creio que mais policiamento na rua, principalmente à noite. Acho que precisa de polícia sempre, não só durante o verão ou nos Gideõe. Patrulhar as ruas, fazer vigília à noite.

Sueli Gabriel, 55 anos, dona de casa

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Povão tem opinião diferente sobre a Força-Tarefa 2

O povão do distrito do Monte Alegre tem opinião diferente sobre a operação Força-Tarefa 2. Há quem esteja gostando da presença da polícia e há quem solte os cachorros nas otoridades da segurança e questione o resultado da operação. Mas numa coisa todos concordam: a bandidagem desapareceu da região.

Natural de Ibirama, a merendeira aposentada Tereza Fiebes, 75 anos, simudou pro bairro Monte Alegre, que pertence ao distrito do mesmo nome, há um ano, depois que a filhota veio em busca de trampo. Diz que nunca imaginou que a bandidagem pudesse tomar conta de uma região como acontece por lá. Dona Tereza defende a Força-Tarefa 2. “Dá até pra andar na rua à noite”, faz questão de dizer.

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Maria Lúcia Figueiredo, 52, é outra que tá gostando da presença da polícia por lá. Pra ele, os homidalei deveriam estar por lá durante todo o ano, sem descansar um dia sequer. “Não adianta vir só quando tem muita ocorrência, se não, eles vão embora e volta tudo”, palpita.

Não gostou de ser revistada

A vendedora Priscila Cristina Squero, 26, não ficou muito feliz com a forma como os homidalei estão agindo. Diz que voltava do shopping, na noite de domingo, e caiu numa blitz. Os policiais praticamente a reviraram de cabeça pra baixo, deram um bizu no documento de identificação e fizeram uma porrada de perguntas sobre sua vida. “Tinham é que pegar quem é bandido de verdade e não sair pegando todo mundo”, lascou.

Seu A.C.A., 67, é dono de uma loja de móveis que já foi assaltada e teve o comércio até saraivado por tiros. Ele defende a Força-Tarefa 2, mas acha que não resolve o problema. “Se não houver educação, um trabalho com o jovem, tudo vai voltar”, opina. Ele acredita que deveriam haver mais projetos de educação na região pra tirar a molecada da rua.

O distrito do Monte Alegre abriga sozinho metade da população da Capital da Pedra, que é de 62,3 mil habitantes. Além do bairro também chamado Monte Alegre, o distrito é composto pelas comunidades do Taboleiro, Vargem do Ranchinho e Conde Vila Verde. Ontem, o povão batia perna por lá de buena e as viaturas circulavam normalmente, sem nenhum aparato especial.






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