A secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Itajaí pode contratar, a partir de hoje, 200 professores temporários pras escolas estaduais da região. O objetivo, além de meter uma pressão nos docentes que seguem parados, é fazer o possível pra que o ano letivo termine até o dia 30 de dezembro. Ontem, o governo barriga-verde decidiu que os professores que voltarem a lecionar até sexta-feira e apresentarem o plano de recuperação de aulas, aprovado pelos diretores e gerências de Educação, vão receber os 23 dias não trabalhados (entre maio e junho) em folha suplementar.
Continua depois da publicidade
Se retornarem, os mestres também vão receber os dias parados deste mês na próxima folha. Já os profes que permanecerem em greve não receberão os 23 dias em folha suplementar e muito menos os 30 ...
Se retornarem, os mestres também vão receber os dias parados deste mês na próxima folha. Já os profes que permanecerem em greve não receberão os 23 dias em folha suplementar e muito menos os 30 dias entre junho e julho. É mais uma demonstração de boa vontade, respeito e cumprimento de nossa palavra, justifica o secretário de Educação Marco Tebaldi, que também assinou portaria pra normatizar a contratação de professores admitidos em caráter temporário (ACTs) pra substituir os grevistas que não voltarem ao trampo.
Continua depois da publicidade
A gerente regional de Educação da SDR peixeira, Clenira Pivato, afirma que vão ser chamados professores temporários pra ajudarem a fechar o quadro de docentes pra repor as aulas. Clenira admite a contradição do Estado passar quase 60 dias negociando salários com os professores, pra depois contratar substitutos temporários. Mas ela tenta explicar. Essa é única forma da greve acabar de uma vez. Mesmo com a volta dos titulares, os ACTs que serão contratados vão ajudar no reforço escolar, garante, dizendo que os substitutos ganharão relativamente aos dias trabalhados conforme a tabela.
O projeto de lei complementar que altera o salário dos professores catarinas não foi votado ontem, na assembleia legislativa. A assessoria de comunicação do sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) disse que o comando de greve iria ficar acampado na frente da leleia pra, assim, evitar uma convocação de última hora da comissão de Constituição e Justiça, que é quem vai analisar a proposta. O Sinte ainda transferiu pra hoje sua reunião pra avaliar o movimento dos profes.
Continua depois da publicidade