Itajaí

Mais de quatro mil peixeiros tão na fila

Mãe de primeira viagem, Carla Nascimento, não pode trabalhar porque não tem quem cuide do filhinho de dois anos

O programa de cadastramento Fila Única, criado em junho do ano passado pra organizar a colocação dos pequerruchos em creches públicas de Itajaí, criou uma baita expectativa pra quem achava que a espera interminável por uma vaga chegaria ao fim. Mas, um ano depois, a realidade é bem diferente. Quase 4400 peixeirinhos ainda lutam por uma vaguinha e muitos pais têm deixado de trabalhar pra cuidar da filharada pequena em casa. As otoridades da city pedem paciência pro povão e garantem que o serviço melhorou.

Aguardando uma vaga desde outubro de 2010, na região do São João, a mãe de primeira viagem Carla Aparecida da Silva Nascimento, de 19 anos, não pode trampar porque não tem quem cuide do filhinho ...

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Aguardando uma vaga desde outubro de 2010, na região do São João, a mãe de primeira viagem Carla Aparecida da Silva Nascimento, de 19 anos, não pode trampar porque não tem quem cuide do filhinho Josué, de dois anos. “Meu marido e meus pais, que moram ao lado da minha casa, saem pra trabalhar e não tenho ninguém pra cuidar do meu filho. Uma creche particular é muito cara também. Se a gente pudesse deixar o Josué numa creche pública, eu poderia trabalhar e ajudar nas despesas”, conta Carla.

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Outro peixeiro que espera há um tempão por uma vaga pra filha numa creche, também na zona do São João, é o gerente de loja Carlos Rodrigo Rhenius, que precisa pagar uma escola particular pra deixar a pequena Julia, de dois anos, porque ele e a esposa trabalham durante o dia. “Eu e minha esposa precisamos sair pro trabalho e não temos quem cuide da Julia. A única solução foi colocar ela numa escola particular, e isso acaba pesando no nosso orçamento”, revela Carlos, que está desde junho do ano passado esperando por uma vaga, mas está longe de ser atendido. “Quando nos cadastramos no Fila Única, estávamos na 32ª colocação da fila de espera. Hoje, mais de um ano depois, estamos apenas na 28ª posição”, reclama o pai peixeiro.

Como funciona

Cerca de 7600 crianças são atendidas atualmente pelo projeto. Nele, as 73 creches peixeiras estão divididas em 26 zonas, de acordo com bairros e localidades. Pra se cadastrar, o responsável pela criança deve ir até uma unidade educacional do município com os documentos originais de certidão de nascimento do pequerrucho, além do CPF do responsável e comprovante de residência. Podem ser inscritas crianças de zero a seis anos.

As desculpas e ações da prefa

Apesar das mais de quatro mil crianças sem creche, o secretário de Educação de Itajaí, Edison d’Ávila, diz que a prefa está ciente e construindo mais unidades. “O Fila Única não cria vagas, apenas organiza o cadastro. Temos um projeto de criar 600 novas vagas por ano. Ano passado, fizemos seis creches, e no segundo semestre deste ano serão construídas outras duas”, promete o bagrão.

A fessora peixeira Potira Duarte de Moraes, que trabalha há 25 anos com educação infantil e trampa no projeto Fila Única, garante que o sistema melhorou bastante no atendimento ao público e ainda explica a faixa etária que há mais procura. “Além da transparência, o projeto nos ajuda a saber mais rápido quando abre uma vaga e quem precisa dela. O que acontece hoje é que há uma procura muito grande pra crianças de zero a três anos. É onde há falta de vagas. Mas de quatro a seis anos, temos cerca de 80 vagas disponíveis”, conta a fessora.



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