Mesmo durante as férias do legislativo peixeiro, o presidente da câmara de vereadores, Luiz Carlos Pissetti (DEM), protocolou um projeto de lei que determina pra onde vai a bufunfa que a casa do povo não gastar até o fim de cada exercício. Todos os anos, o legislativo devolve cerca de R$ 4 milhões pra prefa. O dindim vai pros cofres públicos e pode ser investido onde o prefeito bem entender. A proposta de Pissetti é que a verba seja destinada a entidades beneficentes do Itajaí.
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Recentemente, o dinheiro que a casa do povo devolve pra prefa foi tema de conversas de bastidores por causa do anunciado aumento do número de vereadores. Se aprovada a alteração que garante mais ...
Recentemente, o dinheiro que a casa do povo devolve pra prefa foi tema de conversas de bastidores por causa do anunciado aumento do número de vereadores. Se aprovada a alteração que garante mais nove vagas no legislativo peixeiro, a grana repassada pelo executivo não deve mais sobrar. Mas Pissetti garante que a apresentação desse projeto não é nenhuma estratégia política pra convencer os nove vereadores que votaram a favor de mais cadeiras em 2013. Não tem nada a ver uma coisa com a outra, foi mera coincidência. Eu já pensava em fazer esse projeto e estava estudando há muito tempo, garante o democrata.
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O dinheiro é da câmara, portanto cabe à câmara indicar pra onde ele deve ir. Eu não vou lá dizer pro prefeito onde ele deve usar o dinheiro da prefeitura, só fiscalizo, que é o meu papel como vereador, defende Pissetti. Assim que o trampo dos edis voltar ao normal, a proposta vai ser encaminhada pra que as comissões competentes deem o parecer. O projeto só deve ser votado na sessão do dia 16 de agosto uma semana depois de rolar a segunda votação da alteração à lei orgânica que pode mudar o número de vereadores de 12 pra 21.
Ontem à tarde, quando falou com a equipe do DIARINHO, o prefeito Jandir Bellini (PP) nem tava sabendo da proposta que foi protocolada no legislativo. Ele estava em Brasília. Vou ter que analisar o texto do projeto. Se for constitucional, não me oponho, afirma o Jandir. Ele acredita que não cabe ao legislativo impor que a bufunfa vá pra uma entidade específica, mas não vai se posicionar contra a proposição do democrata enquanto não verificar a legalidade. Eu acho que ele pode dizer que o dinheiro tem de ser aplicado em determinada área, mas acredito que especificar a entidade não pode. Correríamos o risco de discriminar outras entidades, conclui o prefeito.
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