Alessandra não tem dúvidas de que esse é um problema comum. Sentimentos como inveja e medo podem fazer com que o colaborador sinta-se ameaçado e, com medo de perder o emprego, possa não ter vontade de ajudar o outro, afirma. Por isso, a primeira coisa que o peão mais velho de casa deve entender é que não tá sendo deixado de lado pela firma quando chega um funcionário cabaço. Se a empresa contratou um novo colaborador é sinal que o trabalho aumentou e existe uma preocupação em não sobrecarregar quem já está trabalhando, diz a chefona do RH do Portonave. E completa: Se a empresa quisesse um substituto, teria demitido um e contratado o outro.
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Hamilton também sugere aos veteranos que se acalmem porque não serão substituídos só porque chegou um novato. A economia está aquecida em vários segmentos empresariais e as empresas estão sendo incentivadas à contratação, analisa. Além disso, garante, a tendência no mundo do trabalho brazuca é justamente apostar na prata da casa. Um fenômeno recente é a preocupação das empresas em alinhar o crescimento pessoal dos seus funcionários aos valores das organizações, diz. Ou seja, a patrãozada simancou que vale a pena segurar e investir nos trabalhadores com mais tempo de contrato.
Pros especialistas, marca toca quem fica se remoendo com medo do novo colega de trampo. A ameaça é uma ilusão. Se o colaborador é produtivo ele terá o seu emprego e junto com seu novo colega poderão auxiliar a empresa a ampliar os negócios, discursa Alessandra. Para os profissionais não se trata apenas de competir com esses novos valores, mas incorporá-los, através de gestos que representem competência, assertividade, coerência, solidariedade, espírito de equipe e engajamento com os resultados e objetivos organizacionais, dispara Hamilton.
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O que fazer e o que não fazer na empresa
Os especialistas sabem que não é fácil controlar sentimentos. Por isso, a pedido do DIARINHO, Alessandra listou uma série de dicas de como o trabalhador deve se comportar. Pra Hamilton ficou a tarefa de alertar quais comportamentos não devem ocorrer na empresa por parte do funcionário antigo.
Aprenda como transformar uma ameça numa oportunidade de promoção
A grande sacada pros funcionários mais antigos, acredita a chefona do RH do Portonave, é transformar o que pode parecer inicialmente uma ameaça em uma forma de crescimento na empresa. Bons profissionais percebem que um novo colaborador pode ser a oportunidade ideal para demonstrar maturidade, conhecimento, espírito de equipe e liderança, ensina Alessandra, que precisa gerenciar algo perto de 800 funcionários em todo o terminal dengo-dengo.
Pra gerente de RH, tanto ensinar alguém novo quanto liderar um grupo é algo difícil. Por isso, se o trabalhador mais antigo conseguiu passar para o colega recém-contratado os conhecimentos que já tem e ainda por cima se transformar numa referência profissional, tem tudo pra acabar bem aos olhos da chefia e galgar postos na firma. O profissional que consegue aliar as duas ações demonstra estar preparado para numa nova função, como gestor, por exemplo, ressalta.
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Ter alguém novo na mesma função, diz o caçador de talentos Hamilton Fonseca, estimula a competição e é justamente aí que está a oportunidade pro funcionário mais antigo sair do marasmo e buscar novos conhecimentos. Neste sentido, o trabalhador procurar se aprimorar em termos acadêmicos e profissionais, ou seja, não esperar que as oportunidades caiam no seu colo sem estar preparado para elas, indica.
Mas a disputa, afirma o headhunter, tem que saudável e sem sacanagens. Profissionais que ocupam cargos semelhantes devem ser estimulados a competir de maneira solidária e sem murros na mesa, faz questão de dizer.
Gerente de RH ensina o que fazer
- Mostre que tá a fim de ficar ainda mais produtivo do que já é. O melhor a fazer quando se sentir ameaçado é procurar formas de melhorar a realização do trabalho, diz Alessandra.
- Aprenda coisas novas. Uma conversa franca com supervisores ou gerentes demonstrando interesse em aprender mais pode fazer a diferença, garante a chefona do RH do Portonave.
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- Fique atente aos novos colegas. Aproveite a oportunidade de aprender com os recém-contratos, a troca de experiências pode ser muito interessante, sugere a gerente de recursos humanos do porto dengo-dengo.
- Tome uma injeção de ânimo. Um colaborador novo costuma começar o trabalho com maior entusiasmo e empenho, pois precisa mostrar que merece permanecer na empresa. Por isso, nada de acomodação ou falta de vontade, alerta Alessandra.
Headhunter alerta sobre o que não fazer
- Disseminar fofocas.
- Falar do próprio salário e do ganho dos colegas.
- Falta de companheirismo.
- Baixa iniciativa.
- Subestimar a posição da chefia nas orientações para promoções e transferências.
- Se limitar apenas a conhecer suas tarefas. Muitos profissionais são sabem o que acontece na própria empresa, apenas se preocupam em desempenhar suas funções sem perceber o todo por meio de uma abordagem sistêmica, comenta o caçador de talentos.
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