Itajaí

Prefa recolheu 298 mendigos em 22 dias

Metade da turma é de itajaienses e a outra de forasteiros

Um pouco caminhando, um pouco de carona. Foi assim que João Osni da Rosa, de Curitibanos, chegou a Itajaí há alguns meses. A ideia dele era conseguir um trampo com cartei­ra assinada e faturar uma graninha por mês. Mas as voltas da vida, às ve­zes, são cruéis. Hoje, João carrega no corpo seus únicos pertences: a calça marrom, o tênis preto, duas blusas marrons, o casaco vermelho e o boné verde.

Pessoas como ele, que chegam com expectativa duma vida melhor e dão dicara com a rua da amargura, são comuns nas calçadas da city pei­xeira. Entre 1º de julho e sexta-feira pela manhã, conforme ...

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Pessoas como ele, que chegam com expectativa duma vida melhor e dão dicara com a rua da amargura, são comuns nas calçadas da city pei­xeira. Entre 1º de julho e sexta-feira pela manhã, conforme dados da se­cretaria de Desenvolvimento Social, 298 mendigos foram recolhidos du­rante as rondas dos fiscais ou através de denúncias de moradores.

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O leitor Jair Bork procurou o jDIARINHO na sexta-feira pra recla­mar dum morador de rua que esta­ria usando as bordas do chafariz da praça em frente à igreja Matriz como cama. A reportagem passou por lá, perto do meio dia, mas não encon­trou o tal morador.

Passagem divolta

O programa de Orientação ao Mi­grante (POM) tenta, por meio de trabalhos sociais, reduzir o número de andarilhos em Itajaí. Na primeira abordagem, os mendigos são enca­minhados pra uma conversa com um assistente social.

Se a pessoa for de fora e tiver inte­resse em voltar pra terra de origem, a prefa abre o bolso e banca uma passagem, só de ida, pro destino fi­nal. “Cinquenta por cento dos que são recolhidos são de Itajaí mesmo”, diz o secretário de Desenvolvimento Social, Fabrício Marinho. Estes, con­forme o abobrão, são encaminhados pra casa de Apoio Social (CAS).

No albergue o morador de rua pas­sa por avaliação médica e psicológi­ca. Ele pode permanecer na baiuca por até 72 horas, pro caso de algum parente aparecer pra resgatá-lo.

Desde fevereiro de 2005, quando abriu as portas, a CAS já atendeu mais de oito mil pessoas. Entre men­digos que passaram apenas uma vez pra comer, tomar banho e dormir e outros que já passaram várias vezes. “Nós temos 15 vagas. Dez masculinas, duas femininas e três de emergência, que é quando uma pessoa chega à noite e ainda não foi avaliada. Mas hoje (sexta-feira) nós estamos com 18 pessoas”, esclarece Roberta Rech, co­ordenadora e assistente social da CAS. Segundo a bagrona da casa, os anda­rilhos recebem ajuda pra conseguir trampo. “Aqui nós incluímos as pes­soas”, diz. Além disso, os assistidos recebem, se precisarem, documentos novos.

Nesta época do ano, a casa recebe entre 50 e 70 pessoas por mês. Devido à demanda, a coordenadora Roberta pede que a comunidade ajude doan­do roupas de frio, além de cuecas, meias, calças e casacos. A CAS fica na rua José Pereira Liberato, 5237, bairro são Judas. O telefone de lá é o (47) 3348-4133.

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